domingo, 7 de fevereiro de 2010

True Story

Os pais do Xavier, a Natália e o Alfredo são casados há muitos anos mas já não dormem juntos e não têm qualquer tipo de relação. Têm dois filhos, o Xavier e o irmão dele que não interessa nada para a história.
A Madalena também tem dois pais, o Matias e a Laura, que por sua vez têm duas filhas, a Madalena e a irmã. Sobre estes últimos sei que são casados e é só.
Sucede que a Madalena descobriu e depois contou ao Xavier, que a mãe dela, a Laura, é amante do pai dele, o Alfredo. A reacção de ambos foi rir e achar tudo aquilo natural e normal, apesar de caricata e abismal.
Hoje, quase toda a gente sabe, mas no entanto é segredo. O Xavier e a Madalena saem normalmente com o Alfredo e a Laura, são todos uma grande família e ninguém se sente estranho. Disparatado? True Story!
Beijinhos, Pi.*

(Imagem: Internet)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Foder e Ir às Compras

No outro dia, perdido em mais uma das minhas muitas navegações pelo fantástico mundo da internet, dei de caras com a imagem deste post. Fiquei a olhar para ela durante uns segundos, e após uma sonora gargalhada, cheguei à conclusão lógica de que este podia ser perfeitamente o título da minha vida, e confesso que fiquei momentaneamente invejoso por não ter pensado neste nome para o meu blog (sentimento feio eu sei). Mas como já não podia fazer nada, pensei, porque não falar sobre isto nos Disparates? Se afinal esta é muito mais do que uma filosofia de vida, indo para além de um status.
Foder e ir às compras, e desculpem o termo usado, mesmo que in ipsis verbis, mas só o próprio título em si suscita curiosidade e dava pano para mangas. Mas, questionando-me interiormente, afinal o que vem a ser isto? Bem, usando uma vez mais o exemplo, na série da menina Bradshow, Sex in The City, elas quase que cantavam uma nova missa de uma religião surgida da nova década! E no final, ambas ganham o mesmo sentido, usar e deitar fora… Vivemos numa aldeia global, correcto, o número de pessoas que conhecemos hoje em dia é muito mais elevado que na idade média, certo. O tempo que perdemos com as coisas é cada vez mais baixo, correctíssimo. Logo, enjoamos muito mais rápido, bem como a paciência se desvanece à velocidade da luz, ficamos enjoados e deitamos fora. Se acontece com o que compramos, porque não isso acabar inevitavelmente por acontecer com as pessoas entre si? Isto claro, numa comparação entre o verbo e o predicado, o primeiro e o segundo.
Tudo bem, aqui podemos encontrar outro sentido (se não um terceiro visto mais à frente), em que fodemos literalmente e depois vamos às compras. Sem pesos na consciência, como que um seguimento natural das coisas, um hábito, uma rotina, algo marcado na agenda. Ou então, podemos comparar a foda como algo tão natural como ir às compras! Em qualquer das três interpretações, falamos de fast life e tenho dito.
Num conceito final, e propriamente ligado ao Pi, foder e ir às compras podia perfeitamente ser a união entre os três, porque sinceramente, já fiz de tudo e pinar apesar de bom, quando bem feito, não passa disso mesmo, Pinanço! Eu sei que faz falta, eu sei que satisfaz, eu bem sei que o podíamos fazer todos os dias e quando falta andamos a bater com a cabeça nas paredes, mas no final, umas belas compras (e aqui falo de futilidades) acabam sempre por prevalecer sobre a foda. Porque uma queca, podemos nós perfeitamente ter igual logo à noite, mas aquelas calças que nos ficam mesmo bem, dificilmente encontraremos igual. No mínimo, parecidas! Bem, mas isto também se aplica ao sexo… E lá voltamos nós às comparações. No final, e para não me alongar mais nesta divagação, acho que podemos muito bem afirmar de que Shopping & Fucking pode perfeitamente ser o mesmo. Fica a questão…

Na realidade, esta imagem pertence a uma peça de teatro com texto de Mark Ravenhill e Direcção Artística e Encenação de Gonçalo Amorim com o mesmo título do post. Estando em cena a 29 de Abril no Teatro São Luiz, da qual deixo abaixo a sinopse.

Esta inspirada peça de Mark Ravenhill congrega toda a sua brutalidade, inteligência e ironia no título, que nos faz mergulhar imediatamente no seu imaginário. De facto, há dois planos políticos que se entrecruzam e tecem a peça: Shopping & Fucking é, por um lado, um check-up à sociedade de consumo e, por outro, revela uma sensibilidade extrema quanto à dinâmica das relações.
Mark, um toxicodependente em recuperação, comprou Robbie e Lulu no supermercado, duas pessoas que passaram assim a viver com ele e a ajudá-lo no seu tratamento. Diz procurar relações que não signifiquem nada, que sejam como transacções, uma vez que proclama “nada de dependências”.
São personagens que usam o dinheiro como anestesia, que fazem do consumo uma vacina para o desejo, para, no limite, se tornar explícito que não dá. Não funciona. E no entanto vai funcionando...
Uma reflexão sobre a globalização, a violência e o corpo, questões que estão definitivamente instaladas nas sociedades contemporâneas e que se materializam em aberturas e rasgos no cenário de cartão e em actores que vomitam palavras
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Pi nas bocas do Mundo!?

É verdade... Fala-se por aí que o Pi já atravessou o Atlântico e entrou de rajada num blog Brasileiro. É que por lá este hábito de se escrever é bem mais patente do que por cá e às duas por três já as minhas histórias navegam por esse oceano fora. Dêem uma piscadela de olhos pelos disparates que por lá se fazem e vejam o meu recente post publicado neste conceito original e até bastante interessante. Já sabem, é só carregar no título abaixo. Divirtam-se!
Beijinhos, Pi.*
Blog: Palavras

A Década Zero!


Findada a década 00, podemos agora dizer que encerramos um ciclo e que agora iniciamos um novo. Muito ficou para trás, muita história escrita, mas muita mais por escrever derivada do que deixamos para trás. Influenciado por um artigo que li na revista Blitz deste mês (nº44/Fevereiro), decidi fazer contas à vida e fazer um balanço do que por aqui se tem passado.
Se me dissessem na altura do suposto bug informático de 2000, que na realidade não passou do primeiro valente flop da primeira década, que eu iria estar agora onde estou, como sou, e a fazer o quê, eu muito provavelmente ter-me-ia rido às gargalhadas, teria virado costas e tinha ido para as aulas de ginástica aeróbica ou danças de salão. Sim, na altura o Pi era um jovem promissor adolescente, que começava a dar as suas primeiras pisadas nos palcos do mundo gay. Ainda não havia entrado (faltava-me a cunha), mas já estava a treinar para uma carreira de sucesso (!?). A vida dá realmente voltas de 180º e muitos dos sonhos vêem-se obrigados a ficar para trás, e se eu, infelizmente ou felizmente tive de abdicar de muitos dos projectos que me davam real prazer, nem tudo foi assim tão negro e posso dar-me ao luxo de ter descoberto novas sensações igualmente com prazeria.
Se a dança era uma grande paixão, a par da representação, na altura faltou-me a maior escola de teatro (será?) da actualidade. Faltou-me os Morangos com Açúcar para poder dar continuidade ao que na altura pretendia fazer, mas também, querer ser Jornalista Político com 14 anos não ajudou lá muito à utopia de querer ser um artista. E sem que me apercebesse, estava eu numa escola de moda em pleno ano de 2002, a estudar. O que é que aconteceu no meio disto tudo? O Pi encarou o espelho e com 16 anos chamou-se pela primeira vez de homossexual! Sim, foi neste ano que se deu o despertar e que enfrentei o mundo a tremer, mas consciente de que era diferente e de que afinal ter andado a brincar às Barbies queria dizer alguma coisa. E após uma fase negra em que parava o trânsito porque insistia em usar roupas feitas por mim, lá decidi que afinal o que eu queria era desfiles de moda, roupa, drogas… e sexo?
Os dezasseis anos foram realmente aquela idade da reviravolta, e será por isso que a década zero ficará para sempre guardada na minha memória. Obviamente que muito ainda havia por assimilar, mas quando se encara com veemência aquilo que se é, já é um grande passo! Tomará a todos aqueles que ainda vivem no armário. Mas foi também durante os três anos seguintes que somei à minha existência o mais vasto role de loucas experiências. 2002 – 2005 Foram os anos em que tive relações sexuais com um homem pela primeira vez e que as repeti vezes sem conta. Em que afirmei o meu hábito de fumar e o comecei a fazer diariamente, e bem, note-se. Em que experimentei as drogas. O álcool que me levou à minha primeira valente bebedeira. Em que entrei num mundo de famosos e promiscuidade. Em que entrei na idade adulta sem saber patavina do que isso queria dizer.
Se o mundo vivia ocupado nas modernices que agora nos acompanham, como os telemóveis, os ipods, o Google, o youtube e todo o universo cibernético. Se andavam ocupados em derrubar torres na América, a discutir o preço do petróleo, ou até a deprimir com a actual depressão que se vive à custa da crise financeira, eu até meados de 2009 não me deixava afectar por nada disso. Quanto aos primeiros, limitava-me a recebe-los de bom grado na minha vida, quanto aos segundos, bem, estava demasiado ocupado em tentar construir a minha identidade para me preocupar com problemas globais. É o bom de se ser adolescente, passamos a viver num egocentrismo idiota que nos faz viver numa redoma de vidro, demasiado cega portanto.
Mas foi também nesta década que eu vivi o meu grande amor. Que por entre tanta promiscuidade me apaixonei. Que passei por três fases na vida de um Homem, criança, adolescente e adulto. Que fiz milhares de descobertas que hoje decoram o meu armário de lembranças e memórias. Se me vou lembrar desta espécie de época dourada? Claro! Por mais décadas que cheguem e partam, e que por mais recheio que estas tenham, a primeira década do novo milénio ficará para sempre guardada na memória por ter sido aquela tão repleta de primeiras vezes.
Certamente para uma grande maioria de vocês, esta década tem o mesmo sentido que para mim, e por mais rasca que chamem à nossa geração, um dia fomos tão estupidamente felizes, por sermos tão incrivelmente puros e inocentes, que basta somente isso para recordarmos com nostalgia.
Beijinhos, Pi.*

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Posição Franguinho


No outro dia durante uma conversa com mais um daqueles engates made in internet, ao falarmos de posições sexuais, descobri esta... E o melhor é mesmo o nome. Posição franguinho! Adorei!