quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Banheira

Momento disparatado! Resultado? Desconhecido.
Há alguns dias atrás a minha mãe, que gosta sempre de me proporcionar momentos psicadélicos, decidiu por bem, após um determinado facto, convidar o meu ex namorado para jantar cá em casa! Surpreendente? Et vero!
Ela sempre o adorou e nutre por ele uma paixão assolapada demasiado verdadeira para eu entender, no entanto, tudo bem mãezinha, o Salvador que vá jantar lá a casa, tu até já o convidaste sem a minha autorização e tudo. Para perceberem, este é o tal namorado a sério de outrora (que podem encontrar toda a história nos posts de Outubro e Novembro: O Meu Namorado a Sério, é só carregar no título).
Neste momento vive-se uma altura parva no meu lar, a de que o Pi não deve continuar sozinho e que deve encontrar um namorado, e juntando-se a esta pretensão vinda da minha mãe e irmã, está também uma discreta e dissimulada forma de compactuar com tudo isto, vinda da minha parte (quererão elas dizer alguma coisa com isto? Ou eu estou tão carente que já se topa à légua?). Mas desejos à parte, estas duas decidiram armar-se em cupidos e acharam que eu devia voltar para o Salvador. No fundo esta vontade das meninas até tem uma razão plausível, no entanto, todos os factores adversos a esta possível concretização são tão cimentados que se torna impossível qualquer fantasia tornar-se realidade.
Mas adiante. Este pediu se podia tomar um banho cá em casa, porque tinha saído do trabalho, já não conseguia passar em casa dele para estar a horas no ponto de encontro com a minha mãe, e como depois ia sair, escusava de andar para trás e para a frente, porque mora a uma distância considerável da minha casa. Obviamente que a adorável sogra, como a minha mãe se auto voltou a intitular, disse que sim.
Depois do jantar, animado e com muito diálogo entre mim e o Salvador (acto novo para mim) e após umas mútuas provocações saudáveis entre ambos, lá foi o dito cujo tomar banho. Eu, em tom de repto disse para ele se pôr a pau, não fosse eu entrar pela banheira a dentro, ao que este me respondeu, então entra! E o que é que o Pi fez? Despiu-se e entrou na banheira, pois está claro! (Pormenor relevante: não estava ninguém em casa nesse momento… quão conveniente foi isso?).
Os momentos que se seguiram foram hilariantes, pois o banho decorria com tamanha naturalidade, que quem visse de fora diria que ali não existia qualquer desejo sexual, à excepção dos nossos membros que deram sinais de vida logo no primeiro segundo. Banho tomado, a água ainda a correr, até que no preciso momento em que eu ia fechar as torneiras, ele agarra o meu pénis atrevidamente e faz com que o alarme soasse e começássemos a dança do amor. E foi mesmo ali que relembrámos uma das maiores químicas que sempre nos uniu e nos entregámos ao reencontro de um orgasmo em uníssono, perdidos entre beijos e carícias.
O que se sucede a isto foi do mais natural para uns, mas do mais estranho para outros. Não falámos acerca do sucedido e foi como se este nunca tivesse existido. Continuámos a falar como dois “amigos”, deu-me boleia para o Bairro Alto, depois foi embora ter com uns amigos a uma discoteca, reencontrei-o lá horas depois, e até hoje pouco ou nada temos falado. O que foi isto? Eu prefiro encarar como um desejo que se mantém guardado numa caixinha refundida do nosso sótão, que só se abre quando lá vamos e queremos relembrar o seu conteúdo, quer por vontade própria quer porque fomos levados a tal, para depois a voltarmos a guardar e nos esquecermos novamente dela. Para os mais fatalistas poderá ser perfeitamente a justificação de que ainda existem sentimentos, de que ainda não estamos resolvidos, e no fundo, deveríamos estar juntos!
Justificações à parte, o que é certo é que tudo isto não passou de um acto único e de que cada um seguiu a sua vida normalmente. Se gostei? Se queria repetir? Se senti algo mais? A essas perguntas não me dei ao trabalho de responder, porque sinceramente acho que já conheço as respostas, e essas já foram dadas há muito tempo atrás. Enfim, todos nós já voltámos a ter relações com os nossos ex namorados e todos nós o continuaremos a fazer.
Beijinhos, Pi.*

domingo, 24 de janeiro de 2010

Exactamente uma semana depois dos atrofios sentimentais e das confusões internas, o Pi decidiu que é altura de voltar a tomar as rédeas e divertir-se! Não consigo agora contar-vos tim-tim por tim-tim tudo o que tem acontecido nestes últimos dias, mas garanto-vos que foi do mais disparatado possível! Desde um namorado de uma amiga, que se revelou ser bissexual e gostar de travecas, passando por um encontro de último grau na minha banheira com um ex namorado, uma noite de farra para lá de louca... Houve de tudo um pouco e eu terei o maior prazer em contar-vos.
Prometo ser breve em deslindar todos os pormenores!
Beijinhos, Pi.*

domingo, 17 de janeiro de 2010

É legítimo procurar nos outros, mesmo que por breves momentos, como numa queca sem compromisso, uma one night stand, uma partícula de carinho e atenção que precisávamos? Será um crime estarmos com alguém apenas para saciar a vontade da carne, mas podendo, trabalhando o cérebro para tal, obter um pouco mais e o nosso ego e coração ficarem tranquilos por segundos?
Bem sei que o arrependimento chegou depois do orgasmo. É verdade que estas noitadas sexuais há já muito que começaram a perder o encanto. Mas, e se por agora é esta a única forma que tenho de não me sentir só e um pouco desejado?


Informação Adicional:
Fui sair ontem à noite e o meu ego subiu a uma velocidade incrível! Sou parvo, mas o "bem, estas com um look tão londrino!" deixou-me mesmo a sorrir. Pormenores à parte, companhia muito boa, e sentimentos que parecem não querer desaparecer tão facilmente, era mesmo disto que estava a precisar!


Beijinhos, Pi.*

sábado, 16 de janeiro de 2010

E o resultado final foi: O Pi foi pinar na 5ªfeira!
E sinceramente, apesar de até ter sido porreiro, três vezes na mesma noite e tal, o arrependimento chegou logo de seguida ao orgasmo. É esquisito, mas é verdade. O que é que se passa?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Spots Publicitários...

Numa das minhas estadias pelo facebook descobri estes dois Spots acerca das Relações Estáveis - "Campanha de promoção da utilização consistente do preservativo masculino entre homens que têm sexo com homens. Agência Omdesign para a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida."
Dizem que esta campanha será lançada na próxima segunda-feira dia 18 de Janeiro e estará no ar até dia 8 de Fevereiro (Dia dos Namorados). É portanto a primeira campanha, em Portugal, centrada somente na homossexualidade. Well Done!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tenho um convite para ir pinar na 5ªfeira... All Night Long!
Agora a questão é:
  • Devo ir?
Não é que a vontade seja pouca. Ou muitos menos que a pessoa em questão não seja de grande potencial na hora H. A verdadeira interrogação surge para além do físico e estou aqui às voltas a pensar se devo ou não... É que eu queria tanto mais...
Enfim, que é que é vocês acham? Preciso de respostas bem rápido porque está quase quase aí...
Beijinhos. Pi.*

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

E se já for demasiado tarde e já não conseguirmos recuperar o que perdemos?
Simplesmente porque fomos idiotas, porque estavamos demasiado cegos para para ver o que tinhamos à nossa frente, se ignorámos o sentimento que davámos aquele toque, se inequivocamente cometemos um valente disparate e agora só nos resta o arrependimento.
Hoje estou assim, meio entre cá e lá, meio entre o certo e o errado, entre a mente e o coração, o passado e o presente.
Amanhã quem sabe e o despertar não me faça mudar!

sábado, 9 de janeiro de 2010

O Poder da Embalagem


O início do ano tem deixado o Pi a modos que deprimido e inseguro consigo próprio. Tem mesmo voltado à tona um sentimento que julguei enterrado na minha adolescência. Bem sei que para todos o que vão ler o post de hoje vão achar que estou completamente doido e que não devia andar a sentir-me assim, mas que fazer, começa a ser inevitável não ter o ego em baixo e sentir-me rejeitado!
Durante uma grande parte da minha vida tenho travado uma batalha feroz entre a minha embalagem e o seu conteúdo, tendo obviamente ambas sofrido extremes makeover radicais, contínuo a sentir o mesmo que sentia quando tinha 14 anos e borbulhas gigantescas na cara. E se o meu interior mudou de 8 para 80 tendo-me tornado numa pessoa que independentemente dos seus defeitos e virtudes eu admiro e adoro, o meu exterior fica um pouco aquém do que eu gostaria. Sim, sinto-me feio e este é o pensamento do início do ano. O Pi está longe de gostar do que anda a encontrar no espelho e isso anda a deixá-lo doido. Sim, tenho consciência de que sou extravagante no meu estilo, de que sou arrojado com as cores, de que dou nas vistas, e que sim, posso até chegar a ser por vezes uma daquelas princesas encantadas que falei outrora, e tenho perfeita consciência de que isso pode não ser muito atractivo para os caçadores furtivos que andam por aí nessas selvas da cidade, tendo em conta que vivemos numa época em que só é bonito quem é estereótipo de capa de revista, ou até dos morangos wannabe. Estou longe de ser o que a grande maioria procura e isso de certa forma acaba por me deixar fragilizado quando em plena caça me vejo ser ultrapassado por todos aqueles que correspondem a estes desejos comuns de procura num parceiro. Que fazer? Embebedar-me até cair para o lado, fingir que nada daquilo está a acontecer e tentar não pensar que essa vai ser mais uma noite em que vou sozinho para casa sem ninguém para me aquecer.
Não digo que acho que devia mudar, que devia tentar ser uma pessoa diferente, mudar o meu slogan e logótipo, porque isso seria mudar muito mais que o exterior, e eu não estou disposto a mudar a forma como sou por ninguém ou por nada. No entanto ver-me assim posto de lado só porque sou menos bonito… Deixa-me triste. Ridículo? No fundo há quem sinta o mesmo e todos nós pertencemos ao clã dos Narcisistas Conscienciosos.
E é aí que entra esta batalha interior! Caraças, se sou um rapaz inteligente, culto, comunicativo, simpático, educado, divertido (ai essa modéstia Pi). Se tenho perfeita consciência de que sou um rapaz intelectualmente cativante e estimulante, porque é que me continuam a ver apenas pela forma como sou por fora? E não me chamem de hipócrita ao dizer-me que também faço o mesmo, porque independentemente das minhas intenções com um gajo qualquer, dou-lhe sempre o benefício da dúvida e não é por não fazer o meu tipo, ou não o achar atraente que vou deixar de falar com ele ou dar-lhe um valente gameover! Mas eu sei, a sociedade anda de olhos fechados e esta política de publicidade avassaladora que se instalou na aldeia global é rainha e não há nada que possamos fazer.
Por agora a crise ainda não é grande, porque simplesmente não estou apaixonado por ninguém e isto só acontece nas noitadas com intenções de curtir com alguém. Mas e se. E se me apaixono e sou rejeitado por estas questões? Eu sei… É difícil o Pi apaixonar-se, e também sei que todos nós passamos pelo mesmo, ninguém comanda os sentimentos. Mas não consigo deixar de dar as culpas neste julgamento ao que encontro no espelho, e sentenciá-lo com pena de morte por ter de continuar sozinho e sem ninguém. E já nem falo nas bem ditas quecas do vosso amigo, porque essas andam pela hora da morte e nada tem acontecido… Vá, não estou a ser totalmente honesto, mas isso já é outro disparate. Mas entendem onde quero chegar? Ou a esquizofrenia deste post está de tal modo arrojada que só digo verdadeiros disparates? Bolas!
Enfim, precisava de soltar um pouco desta crise que se voltou a instalar em mim. Prometo tentar não pensar muito nisto e continuar a sorrir como sempre. De máscara fingida para a dor não custar tanto. Quanto a vocês, satisfeitos ou insatisfeitos, vejam para além do merchandising de campanhas de publicidade e tentem provar o produto antes de o deitar fora. Sabem que muitas são as marcas que fazem testes de prova e é precisamente para isso que elas servem, para ficarmos a saber se gostamos ou não.
Beijinhos, Pi.*

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Happy New Year!


E mais um ano que começa, mais um capítulo que abrimos e começamos a escrever. Gostava de ter vindo aqui mais cedo, mas infelizmente o tempo que disponho para mim tem sido curto e quase extinto. O ano mudou mas há coisas que permanecem intactas e esta é uma delas. Gostava de a modificar, mas “valores” falam mais alto e tenho assim de hipotecar prazeres a que gosto de me deleitar.
Começo então por falar naquela maravilhosa noite que muitos apreciam. A passagem de ano! Pois é, o Pi entrou em altas no novo ano. Aliás, eu já saí do outro completamente em alvoroço! E assim mesmo é que deve ser, despedirmo-nos e recebermos em alegria e festa, de copo na mão, passas e muitos desejos… Que sabemos serem na sua maior parte verdadeiras utopias, no entanto, vale a pena sonhar. E quanto a vocês? Como foi? Quero saber tudo! Informação adicional: Foi uma passagem de ano passada entre amigos e somente isso, sem novelas mexicanas pessoais, sem aventuras sexuais, sem devaneios… Alguns disparates, pois com certeza que sim, mas nada de por aí alem.

Até agora, oito dias passaram e muito provavelmente já muita água passou nos vossos moinhos, ao contrário do meu. A minha vida permanece intacta, sem qualquer mudança. Ando a ficar frustrado com tanta monotonia e rotina, e confesso que sinto falta de partir a loiça toda, de disparatar à grande, mas há algo que me prende, quer interna, que exteriormente. Não sei o que se passa comigo, se perdi a magia que julguei um dia ter, mas o meu dom está a extinguir-se e eu não consigo fazer nada para o recuperar. O que fazer? Aceitar que o Pi está a crescer e que já é um homenzinho? Ou tentar a todo o custo recuperar as suas loucuras de outrora? Ando baralhado e o mais frustrante é que sem tempo para pensar nas minhas crises existenciais! Ando a sufocar com esta vida de workaholic em que giro em torno do que tenho para fazer no dia seguinte e em que adormeço a pensar no que podia ainda ter feito. Ando a viver uma relação e de contracto assinado! E o pior? É que virei um chulo porque o meu namorado paga-me para andar com ele!

Hiroshima! É a palavra de ordem para esta primeira semana do ano que passou. As bombas foram lançadas à minha volta em catadupa e parece que todos os meus amigos resolveram revoltar-se com as suas vidas e provocaram uma verdadeira revolução. Resultado? Ando às aranhas a tentar fazer de pronto socorro para cada um, mas sem sucesso. Numa altura em que tento encontrar momentos para a minha introspecção que tanta falta me faz, não consigo atender a todos os fogos, e fica desde já aqui registado que peço desculpa a todos, mas eu sou só um e não consigo ter mãos para todos. No entanto, sabem que aqui estou!
Apesar de não haver lugar para grandes pensamentos, há lugar para sentimentos. Não amorosos, porque esses resolveram tirar férias de mim e já há muito que não regressaram, qual licença de parto. E é precisamente por isso que preciso mesmo de falar acerca disso. Necessito desapertar este nó que tenho na garganta. Assim sendo, espero ainda este fim-de-semana conseguir preparar mais um texto que me deixe libertar um pouco do que sinto no peito, e com sorte, alinhavar um novo refrescante que me volte a trazer para as luzes da ribalta como o Disparador mais famoso da internet!
Novidades? O Pi aderiu ao facebook e mesmo ainda estando no início e tendo pouco ou nada para apresentar por lá, quero trabalhar afincadamente nesse lado também. Para quem ainda não recebeu o convite, não se acanhe e procure-me por lá como “Os Disparates de Pi”! Sejam amigos e mostrem-se! Aproveito ainda para agradecer às novas caras que já vi surgirem aqui nos comentários. Mesmo que em anónimo, obrigado pelas vossas visitas e sejam bem-vindos. Prometo uma vez mais, estar mais presente com os meus devaneios!
Beijinhos, Pi*