terça-feira, 23 de março de 2010

Houve um dia que convidaram o Pi para fazer sexo em grupo... Mas o Pi não aceitou... Ainda não chegou o dia! Será que até eu tenho limites? (Mas que fiquei curios fiquei...)

domingo, 21 de março de 2010

O Poder da Masturbação


Vamos directos ao assunto. Todos nós temos necessidades e por mais puros que se possam pintar a vós próprios, a maior parte de nós, após experimentar ter relações sexuais com alguém, instala em si uma espécie de vírus que só terá cura muitos anos mais tarde (quando ela chega a chegar), o do apetite sexual.
Tudo bem, uns falam mais abertamente do que outros quando o tema SEXO chega à mesa numa conversa entre amigos, e naturalmente o Pi, que além de não ter papas na língua, de pudico não tem nada, fala naturalmente acerca desta temática como de outro assunto qualquer. Podem apontar-me como promíscuo, talvez seja verdade, mas já expliquei mais que uma vez que nem sempre o hábito faz o monge.
Mas adiante. Hoje propus-me a falar de masturbação nas suas ramificações possíveis, sozinho ou acompanhado, e para ambas consigo ter duas atitudes completamente distintas. Uma espécie de água e azeite depositadas dentro de mim e que não se misturam.
Ora bem, em primeiro lugar tenho de afirmar que sou mais do que apologista da masturbação, tanto que qualquer dia crio um grupo no facebook para os fãs se juntarem à minha causa. É que realmente, e agora falarei quando ela é efectuada a nível individual, não há melhor remédio que este. É gratuito, seguro e saímos sempre satisfeitos, já para não falar nos benefícios que dizem trazer para a saúde! E sinceramente meus caros amigos, haverá melhor forma de explorarmos o nosso corpo e descobrirmos o que nos dá prazer? Porque não falo somente da masturbação simpática e rápida que fazemos em cinco minutos na casa de banho só para aliviar a pressão, não, falo daquela para a qual reservamos a última meia hora antes de adormecermos, em que nos tocamos, sentimos, brincamos com o nosso corpo. Aquela em que vamos gemendo sem medos, numa investida antes sentida pelos antigos exploradores desses mares do mundo, quais Vasco da Gama do sexo. É importante reservarmos este tempo para nós. Faz bem à alma, vamos andar mais sorridentes e sinceramente os nossos futuros parceiros sexuais irão agradecer, pois este simples gesto agradável para com os nossos órgãos genitais só faz de nós melhores amantes!
Mas se até agora tudo isto foi pintado de forma gentil e harmoniosa, entram neste momento as pinceladas cinzentas. Masturbar outra pessoa? Bem, no início, enquanto ainda existe tensão sexual, brincar e provocar até o parceiro estar em ponto de rebuçado, tudo bem, ou até enquanto fazemos o sexo oral irmos masturbando ao mesmo tempo, sim eles adoram, eu concordo e faço-o. Agora o caso muda de figura quando ouço falar de gajos que são adeptos desta modalidade e marcam encontros com outros para única e exclusivamente se masturbarem mutuamente. Perdoem-me, mas não vejo qual é a pica. Então se já tiver atingido o orgasmo, aí é que se torna realmente impossível ter paciência para masturbar alguém! Chamem-me de egoísta, talvez, mas sou honesto e se há coisa que detesto é fazer fretes e muito menos quando estou a pinar. O objectivo é ter prazer, right?
Podemos encontrar então aqui uma enorme discrepância, que pode eventualmente tornar-se incongruente, é verdade, no entanto não deixa de fazer sentido. De um lado o meu próprio prazer, galhofar com o meu pénis até atingir o orgasmo, porque só desse modo lá chegarei. Por outro, o pénis do meu parceiro com o qual posso fazer o mais variado tipo de coisas para o fazer chegar lá. Porque é que haverei eu de ficar-me por aquilo? Ir lá com a mão, zuca zuca para cima e para baixo, um grito de deleite e adeus até à próxima? É descabido, perca de tempo e pior, dá mau jeito e faz-me dores na mão, no pulso, no braço… Talvez o problema seja meu e eu não tenha o dom da masturbação alheia. Talvez.
Enfim, após disparatar sobre isto, que me têm vocês a dizer? Mesmo em anónimo, se tiverem dicas não hesitem. Adoro aprender e quem saiba não venha a conseguir misturar água e azeite se assim tiver de ser?
Beijinhos Pi.*
(Imagem: Internet.)

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Zé Maria!


Rejeitado por ter comparado um engate ao Zé Maria do Big Brother, por me ter limitado a dizer que este tinha parecenças com a dita personagem do concurso. Dito isto, o date sexual que até sentia vontade de pinar comigo (disse-me ele depois), arranjou uma desculpa esfarrapada e correu comigo de casa, alegando mais tarde, após ter sido confrontado por mim, de que havia perdido a vontade quando eu fiz a dita comparação! Por favor, eu falei apenas num sentido físico, e foi só porque em duas ou três fotografias em que ele estava com óculos de sol, me pareceu o. Obviamente que depois de ele dar esta justificação disparatada eu respondi: sem comentários!
Mas está tudo doido ou eu não estou a ver bem as coisas? E o pior é que o gajo até era giro (por favor isolar na vossa mente a imagem do vencedor do concurso, porque a pessoa em questão não era um sósia), e não pinei porque me limitei a ser honesto e a dizer o que estava a pensar. Acho que vou ter de passar a fazer o que ele me disse: Há coisas que não devemos dizer e temos de pensar duas vezes antes de abrirmos a boca! Enfim… Disparates!
Beijinhos, Pi.*

domingo, 14 de março de 2010

O Poder da Sedução

Sim, entrei na onda dos poderes. De repente acho que consigo encontrar uma série deles, estejam estes dissimulados ou não, e hoje quero falar de sedução, da dança do acasalamento, aquela em que eu julgava até estar à altura mas que recentemente descobri andar com os sentidos um pouco em baixo e por apurar.
Sim, posso afirmar que conheci alguém. Sim, as coisas estão a acontecer de forma diferente do habitual. Não, de todo a minha ausência se justifica por este acontecimento, mas foi precisamente através dele que descobri que ando em baixo de forma e que já não consigo entender quando alguém está interessado em mim. Talvez isso se deva pela minha fraca auto estima, que nos dias que correm já quase não existe. Mas não é acerca disto, ou sobre ele que quero falar hoje, ainda é demasiado cedo e não quero ir além das conversas de café que tenho com amigos. Quero abordar o jogo de cintura que é preciso termos, e para quem está sozinho ainda mais, para conseguirmos ter mais que seja uma queca de uma noite.
Ok, podemos perfeitamente ser a caça ou o caçador e intercalarmos estes papéis dia sim, dia não, mas para ambos os casos é necessário estarmos alerta e acima de tudo saber interpretar até os sinais que julgamos não existirem. Enquanto caçadores é necessário escolhermos o que vamos tentar caçar, interpretá-lo e tentar descobrir o que podemos ou não fazer. Enquanto caça, não basta somente estarmos de perna cruzada no café à espera que alguém nos venha comer, é necessário estimular, brincar, provocar, incitar desejo e mistério. Acima de tudo é indispensável sabermos seduzir e sermos capazes de ser seduzidos. Um passo em falso e lá ficamos nós a dançar sozinhos novamente. Verão isso no próximo post do Zé Maria.
Não vou aqui dar conselhos ou dicas, porque não sou de todo um mestre na arte da sedução, apesar dos milhares de casos que já vivi, no entanto quero alertar para esta questão que nos pode passar completamente ao lado mas para a qual é preciso estarmos atentos e aprendermos sempre que possível. Uma má plantação pode dar cabo de uma colheita inteira! Boas seduções…
Beijinhos, Pi.*
(Imagem: Internet)

sexta-feira, 12 de março de 2010

O Poder da Negação


Sentado no meu novo espaço de eleição da baixa lisboeta, enquanto aguardava que o empregado trouxesse o meu chá, comecei a pensar numa questão tão presente na vida de cada ser humano como o acto de beber água ou comer. Falo da negação, do sermos rejeitados ou até num cenário mais desenvolvido, preteridos ao invés de outros. Aquelas situações em que nos recusam/excluem e lá voltamos nós ao recomeço, ao ter de processar e digerir o que nos aconteceu, respirar fundo e voltar ao início.
O poder desta negativa consegue ser vastíssimo e poderia abordar vários pontos de vista como os laborais ou escolares, no entanto, prefiro ver aqui a negação de que somos alvo nas relações humanas. O quando temos um date e a outra pessoa não nos acha atraentes e oferece-nos um fora de jogo inesperado e cruel. Quando temos efectivamente uma relação e o(a) nosso(a) namorado(a) acaba tudo. Quando queremos estar com a pessoa em quem estamos interessados amorosamente e esta nos diz que afinal já não vai dar porque tem mais do que fazer. Ou até quando nos vemos ser ultrapassados por alguém mais jovem, mais bonito, com um pacote mais atractivo e ficamos na pista sem parceiro para dançar a dança do acasalamento.
Tudo isto são experiências que usufruímos gratuitamente e diariamente e com as quais temos de contar eternamente, “o não é sempre garantido”, e por mais dificuldade que tenhamos em aceitar que fomos empurrados para trás, temos que entender que é também esta rejeição que nos torna mais fortes, mas também mais secos e desconfiados. (Estarei eu a dizer tudo isto para me consciencializar da realidade?)
Obviamente, e falando agora na primeira pessoa, o Pi já ouviu os mais variados não, e sim, doeram, uns mais que outros, e por vezes torna-se difícil viver na esperança de encontrar o tal valente e grandioso sim que todos anseiam, mas sinceramente? A vida caleja-nos tanto que mais não menos não já só me cria arranhões que saram quase milagrosamente!
O mais surreal em todo este latim que estive aqui a oferecer é que esta trata-se de uma questão conhecida por todos e que este disparate não trás nada de novo às vossas vidas, mas o que é que querem, estou numa fase de constatação de factos e apetece-me esmiuçar todos os pormenores fabricados neste pequeno cérebro.
Beijinhos, Pi.*

domingo, 7 de março de 2010

Meus caros amigos... É verdade, já passou um mês desde o meu último post, mas não estou a mentir quando não tenho tido muito tempo além de que a inspiração andou a modos que ausente. No entanto já tenho muita coisa alinhavada para falar e para vos contar... As novidades são mais do que muitas, e já nada está como estava... Os Disparates de Pi são assim mesmo, 24 horas passam e já muita coisa aconteceu. Fiquem por aí porque não tarda vou retomar a disparatar.
Maior Beijo!*

domingo, 7 de fevereiro de 2010

True Story

Os pais do Xavier, a Natália e o Alfredo são casados há muitos anos mas já não dormem juntos e não têm qualquer tipo de relação. Têm dois filhos, o Xavier e o irmão dele que não interessa nada para a história.
A Madalena também tem dois pais, o Matias e a Laura, que por sua vez têm duas filhas, a Madalena e a irmã. Sobre estes últimos sei que são casados e é só.
Sucede que a Madalena descobriu e depois contou ao Xavier, que a mãe dela, a Laura, é amante do pai dele, o Alfredo. A reacção de ambos foi rir e achar tudo aquilo natural e normal, apesar de caricata e abismal.
Hoje, quase toda a gente sabe, mas no entanto é segredo. O Xavier e a Madalena saem normalmente com o Alfredo e a Laura, são todos uma grande família e ninguém se sente estranho. Disparatado? True Story!
Beijinhos, Pi.*

(Imagem: Internet)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Foder e Ir às Compras

No outro dia, perdido em mais uma das minhas muitas navegações pelo fantástico mundo da internet, dei de caras com a imagem deste post. Fiquei a olhar para ela durante uns segundos, e após uma sonora gargalhada, cheguei à conclusão lógica de que este podia ser perfeitamente o título da minha vida, e confesso que fiquei momentaneamente invejoso por não ter pensado neste nome para o meu blog (sentimento feio eu sei). Mas como já não podia fazer nada, pensei, porque não falar sobre isto nos Disparates? Se afinal esta é muito mais do que uma filosofia de vida, indo para além de um status.
Foder e ir às compras, e desculpem o termo usado, mesmo que in ipsis verbis, mas só o próprio título em si suscita curiosidade e dava pano para mangas. Mas, questionando-me interiormente, afinal o que vem a ser isto? Bem, usando uma vez mais o exemplo, na série da menina Bradshow, Sex in The City, elas quase que cantavam uma nova missa de uma religião surgida da nova década! E no final, ambas ganham o mesmo sentido, usar e deitar fora… Vivemos numa aldeia global, correcto, o número de pessoas que conhecemos hoje em dia é muito mais elevado que na idade média, certo. O tempo que perdemos com as coisas é cada vez mais baixo, correctíssimo. Logo, enjoamos muito mais rápido, bem como a paciência se desvanece à velocidade da luz, ficamos enjoados e deitamos fora. Se acontece com o que compramos, porque não isso acabar inevitavelmente por acontecer com as pessoas entre si? Isto claro, numa comparação entre o verbo e o predicado, o primeiro e o segundo.
Tudo bem, aqui podemos encontrar outro sentido (se não um terceiro visto mais à frente), em que fodemos literalmente e depois vamos às compras. Sem pesos na consciência, como que um seguimento natural das coisas, um hábito, uma rotina, algo marcado na agenda. Ou então, podemos comparar a foda como algo tão natural como ir às compras! Em qualquer das três interpretações, falamos de fast life e tenho dito.
Num conceito final, e propriamente ligado ao Pi, foder e ir às compras podia perfeitamente ser a união entre os três, porque sinceramente, já fiz de tudo e pinar apesar de bom, quando bem feito, não passa disso mesmo, Pinanço! Eu sei que faz falta, eu sei que satisfaz, eu bem sei que o podíamos fazer todos os dias e quando falta andamos a bater com a cabeça nas paredes, mas no final, umas belas compras (e aqui falo de futilidades) acabam sempre por prevalecer sobre a foda. Porque uma queca, podemos nós perfeitamente ter igual logo à noite, mas aquelas calças que nos ficam mesmo bem, dificilmente encontraremos igual. No mínimo, parecidas! Bem, mas isto também se aplica ao sexo… E lá voltamos nós às comparações. No final, e para não me alongar mais nesta divagação, acho que podemos muito bem afirmar de que Shopping & Fucking pode perfeitamente ser o mesmo. Fica a questão…

Na realidade, esta imagem pertence a uma peça de teatro com texto de Mark Ravenhill e Direcção Artística e Encenação de Gonçalo Amorim com o mesmo título do post. Estando em cena a 29 de Abril no Teatro São Luiz, da qual deixo abaixo a sinopse.

Esta inspirada peça de Mark Ravenhill congrega toda a sua brutalidade, inteligência e ironia no título, que nos faz mergulhar imediatamente no seu imaginário. De facto, há dois planos políticos que se entrecruzam e tecem a peça: Shopping & Fucking é, por um lado, um check-up à sociedade de consumo e, por outro, revela uma sensibilidade extrema quanto à dinâmica das relações.
Mark, um toxicodependente em recuperação, comprou Robbie e Lulu no supermercado, duas pessoas que passaram assim a viver com ele e a ajudá-lo no seu tratamento. Diz procurar relações que não signifiquem nada, que sejam como transacções, uma vez que proclama “nada de dependências”.
São personagens que usam o dinheiro como anestesia, que fazem do consumo uma vacina para o desejo, para, no limite, se tornar explícito que não dá. Não funciona. E no entanto vai funcionando...
Uma reflexão sobre a globalização, a violência e o corpo, questões que estão definitivamente instaladas nas sociedades contemporâneas e que se materializam em aberturas e rasgos no cenário de cartão e em actores que vomitam palavras
.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O Pi nas bocas do Mundo!?

É verdade... Fala-se por aí que o Pi já atravessou o Atlântico e entrou de rajada num blog Brasileiro. É que por lá este hábito de se escrever é bem mais patente do que por cá e às duas por três já as minhas histórias navegam por esse oceano fora. Dêem uma piscadela de olhos pelos disparates que por lá se fazem e vejam o meu recente post publicado neste conceito original e até bastante interessante. Já sabem, é só carregar no título abaixo. Divirtam-se!
Beijinhos, Pi.*
Blog: Palavras

A Década Zero!


Findada a década 00, podemos agora dizer que encerramos um ciclo e que agora iniciamos um novo. Muito ficou para trás, muita história escrita, mas muita mais por escrever derivada do que deixamos para trás. Influenciado por um artigo que li na revista Blitz deste mês (nº44/Fevereiro), decidi fazer contas à vida e fazer um balanço do que por aqui se tem passado.
Se me dissessem na altura do suposto bug informático de 2000, que na realidade não passou do primeiro valente flop da primeira década, que eu iria estar agora onde estou, como sou, e a fazer o quê, eu muito provavelmente ter-me-ia rido às gargalhadas, teria virado costas e tinha ido para as aulas de ginástica aeróbica ou danças de salão. Sim, na altura o Pi era um jovem promissor adolescente, que começava a dar as suas primeiras pisadas nos palcos do mundo gay. Ainda não havia entrado (faltava-me a cunha), mas já estava a treinar para uma carreira de sucesso (!?). A vida dá realmente voltas de 180º e muitos dos sonhos vêem-se obrigados a ficar para trás, e se eu, infelizmente ou felizmente tive de abdicar de muitos dos projectos que me davam real prazer, nem tudo foi assim tão negro e posso dar-me ao luxo de ter descoberto novas sensações igualmente com prazeria.
Se a dança era uma grande paixão, a par da representação, na altura faltou-me a maior escola de teatro (será?) da actualidade. Faltou-me os Morangos com Açúcar para poder dar continuidade ao que na altura pretendia fazer, mas também, querer ser Jornalista Político com 14 anos não ajudou lá muito à utopia de querer ser um artista. E sem que me apercebesse, estava eu numa escola de moda em pleno ano de 2002, a estudar. O que é que aconteceu no meio disto tudo? O Pi encarou o espelho e com 16 anos chamou-se pela primeira vez de homossexual! Sim, foi neste ano que se deu o despertar e que enfrentei o mundo a tremer, mas consciente de que era diferente e de que afinal ter andado a brincar às Barbies queria dizer alguma coisa. E após uma fase negra em que parava o trânsito porque insistia em usar roupas feitas por mim, lá decidi que afinal o que eu queria era desfiles de moda, roupa, drogas… e sexo?
Os dezasseis anos foram realmente aquela idade da reviravolta, e será por isso que a década zero ficará para sempre guardada na minha memória. Obviamente que muito ainda havia por assimilar, mas quando se encara com veemência aquilo que se é, já é um grande passo! Tomará a todos aqueles que ainda vivem no armário. Mas foi também durante os três anos seguintes que somei à minha existência o mais vasto role de loucas experiências. 2002 – 2005 Foram os anos em que tive relações sexuais com um homem pela primeira vez e que as repeti vezes sem conta. Em que afirmei o meu hábito de fumar e o comecei a fazer diariamente, e bem, note-se. Em que experimentei as drogas. O álcool que me levou à minha primeira valente bebedeira. Em que entrei num mundo de famosos e promiscuidade. Em que entrei na idade adulta sem saber patavina do que isso queria dizer.
Se o mundo vivia ocupado nas modernices que agora nos acompanham, como os telemóveis, os ipods, o Google, o youtube e todo o universo cibernético. Se andavam ocupados em derrubar torres na América, a discutir o preço do petróleo, ou até a deprimir com a actual depressão que se vive à custa da crise financeira, eu até meados de 2009 não me deixava afectar por nada disso. Quanto aos primeiros, limitava-me a recebe-los de bom grado na minha vida, quanto aos segundos, bem, estava demasiado ocupado em tentar construir a minha identidade para me preocupar com problemas globais. É o bom de se ser adolescente, passamos a viver num egocentrismo idiota que nos faz viver numa redoma de vidro, demasiado cega portanto.
Mas foi também nesta década que eu vivi o meu grande amor. Que por entre tanta promiscuidade me apaixonei. Que passei por três fases na vida de um Homem, criança, adolescente e adulto. Que fiz milhares de descobertas que hoje decoram o meu armário de lembranças e memórias. Se me vou lembrar desta espécie de época dourada? Claro! Por mais décadas que cheguem e partam, e que por mais recheio que estas tenham, a primeira década do novo milénio ficará para sempre guardada na memória por ter sido aquela tão repleta de primeiras vezes.
Certamente para uma grande maioria de vocês, esta década tem o mesmo sentido que para mim, e por mais rasca que chamem à nossa geração, um dia fomos tão estupidamente felizes, por sermos tão incrivelmente puros e inocentes, que basta somente isso para recordarmos com nostalgia.
Beijinhos, Pi.*

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Posição Franguinho


No outro dia durante uma conversa com mais um daqueles engates made in internet, ao falarmos de posições sexuais, descobri esta... E o melhor é mesmo o nome. Posição franguinho! Adorei!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Banheira

Momento disparatado! Resultado? Desconhecido.
Há alguns dias atrás a minha mãe, que gosta sempre de me proporcionar momentos psicadélicos, decidiu por bem, após um determinado facto, convidar o meu ex namorado para jantar cá em casa! Surpreendente? Et vero!
Ela sempre o adorou e nutre por ele uma paixão assolapada demasiado verdadeira para eu entender, no entanto, tudo bem mãezinha, o Salvador que vá jantar lá a casa, tu até já o convidaste sem a minha autorização e tudo. Para perceberem, este é o tal namorado a sério de outrora (que podem encontrar toda a história nos posts de Outubro e Novembro: O Meu Namorado a Sério, é só carregar no título).
Neste momento vive-se uma altura parva no meu lar, a de que o Pi não deve continuar sozinho e que deve encontrar um namorado, e juntando-se a esta pretensão vinda da minha mãe e irmã, está também uma discreta e dissimulada forma de compactuar com tudo isto, vinda da minha parte (quererão elas dizer alguma coisa com isto? Ou eu estou tão carente que já se topa à légua?). Mas desejos à parte, estas duas decidiram armar-se em cupidos e acharam que eu devia voltar para o Salvador. No fundo esta vontade das meninas até tem uma razão plausível, no entanto, todos os factores adversos a esta possível concretização são tão cimentados que se torna impossível qualquer fantasia tornar-se realidade.
Mas adiante. Este pediu se podia tomar um banho cá em casa, porque tinha saído do trabalho, já não conseguia passar em casa dele para estar a horas no ponto de encontro com a minha mãe, e como depois ia sair, escusava de andar para trás e para a frente, porque mora a uma distância considerável da minha casa. Obviamente que a adorável sogra, como a minha mãe se auto voltou a intitular, disse que sim.
Depois do jantar, animado e com muito diálogo entre mim e o Salvador (acto novo para mim) e após umas mútuas provocações saudáveis entre ambos, lá foi o dito cujo tomar banho. Eu, em tom de repto disse para ele se pôr a pau, não fosse eu entrar pela banheira a dentro, ao que este me respondeu, então entra! E o que é que o Pi fez? Despiu-se e entrou na banheira, pois está claro! (Pormenor relevante: não estava ninguém em casa nesse momento… quão conveniente foi isso?).
Os momentos que se seguiram foram hilariantes, pois o banho decorria com tamanha naturalidade, que quem visse de fora diria que ali não existia qualquer desejo sexual, à excepção dos nossos membros que deram sinais de vida logo no primeiro segundo. Banho tomado, a água ainda a correr, até que no preciso momento em que eu ia fechar as torneiras, ele agarra o meu pénis atrevidamente e faz com que o alarme soasse e começássemos a dança do amor. E foi mesmo ali que relembrámos uma das maiores químicas que sempre nos uniu e nos entregámos ao reencontro de um orgasmo em uníssono, perdidos entre beijos e carícias.
O que se sucede a isto foi do mais natural para uns, mas do mais estranho para outros. Não falámos acerca do sucedido e foi como se este nunca tivesse existido. Continuámos a falar como dois “amigos”, deu-me boleia para o Bairro Alto, depois foi embora ter com uns amigos a uma discoteca, reencontrei-o lá horas depois, e até hoje pouco ou nada temos falado. O que foi isto? Eu prefiro encarar como um desejo que se mantém guardado numa caixinha refundida do nosso sótão, que só se abre quando lá vamos e queremos relembrar o seu conteúdo, quer por vontade própria quer porque fomos levados a tal, para depois a voltarmos a guardar e nos esquecermos novamente dela. Para os mais fatalistas poderá ser perfeitamente a justificação de que ainda existem sentimentos, de que ainda não estamos resolvidos, e no fundo, deveríamos estar juntos!
Justificações à parte, o que é certo é que tudo isto não passou de um acto único e de que cada um seguiu a sua vida normalmente. Se gostei? Se queria repetir? Se senti algo mais? A essas perguntas não me dei ao trabalho de responder, porque sinceramente acho que já conheço as respostas, e essas já foram dadas há muito tempo atrás. Enfim, todos nós já voltámos a ter relações com os nossos ex namorados e todos nós o continuaremos a fazer.
Beijinhos, Pi.*

domingo, 24 de janeiro de 2010

Exactamente uma semana depois dos atrofios sentimentais e das confusões internas, o Pi decidiu que é altura de voltar a tomar as rédeas e divertir-se! Não consigo agora contar-vos tim-tim por tim-tim tudo o que tem acontecido nestes últimos dias, mas garanto-vos que foi do mais disparatado possível! Desde um namorado de uma amiga, que se revelou ser bissexual e gostar de travecas, passando por um encontro de último grau na minha banheira com um ex namorado, uma noite de farra para lá de louca... Houve de tudo um pouco e eu terei o maior prazer em contar-vos.
Prometo ser breve em deslindar todos os pormenores!
Beijinhos, Pi.*

domingo, 17 de janeiro de 2010

É legítimo procurar nos outros, mesmo que por breves momentos, como numa queca sem compromisso, uma one night stand, uma partícula de carinho e atenção que precisávamos? Será um crime estarmos com alguém apenas para saciar a vontade da carne, mas podendo, trabalhando o cérebro para tal, obter um pouco mais e o nosso ego e coração ficarem tranquilos por segundos?
Bem sei que o arrependimento chegou depois do orgasmo. É verdade que estas noitadas sexuais há já muito que começaram a perder o encanto. Mas, e se por agora é esta a única forma que tenho de não me sentir só e um pouco desejado?


Informação Adicional:
Fui sair ontem à noite e o meu ego subiu a uma velocidade incrível! Sou parvo, mas o "bem, estas com um look tão londrino!" deixou-me mesmo a sorrir. Pormenores à parte, companhia muito boa, e sentimentos que parecem não querer desaparecer tão facilmente, era mesmo disto que estava a precisar!


Beijinhos, Pi.*

sábado, 16 de janeiro de 2010

E o resultado final foi: O Pi foi pinar na 5ªfeira!
E sinceramente, apesar de até ter sido porreiro, três vezes na mesma noite e tal, o arrependimento chegou logo de seguida ao orgasmo. É esquisito, mas é verdade. O que é que se passa?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Spots Publicitários...

Numa das minhas estadias pelo facebook descobri estes dois Spots acerca das Relações Estáveis - "Campanha de promoção da utilização consistente do preservativo masculino entre homens que têm sexo com homens. Agência Omdesign para a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida."
Dizem que esta campanha será lançada na próxima segunda-feira dia 18 de Janeiro e estará no ar até dia 8 de Fevereiro (Dia dos Namorados). É portanto a primeira campanha, em Portugal, centrada somente na homossexualidade. Well Done!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tenho um convite para ir pinar na 5ªfeira... All Night Long!
Agora a questão é:
  • Devo ir?
Não é que a vontade seja pouca. Ou muitos menos que a pessoa em questão não seja de grande potencial na hora H. A verdadeira interrogação surge para além do físico e estou aqui às voltas a pensar se devo ou não... É que eu queria tanto mais...
Enfim, que é que é vocês acham? Preciso de respostas bem rápido porque está quase quase aí...
Beijinhos. Pi.*

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

E se já for demasiado tarde e já não conseguirmos recuperar o que perdemos?
Simplesmente porque fomos idiotas, porque estavamos demasiado cegos para para ver o que tinhamos à nossa frente, se ignorámos o sentimento que davámos aquele toque, se inequivocamente cometemos um valente disparate e agora só nos resta o arrependimento.
Hoje estou assim, meio entre cá e lá, meio entre o certo e o errado, entre a mente e o coração, o passado e o presente.
Amanhã quem sabe e o despertar não me faça mudar!

sábado, 9 de janeiro de 2010

O Poder da Embalagem


O início do ano tem deixado o Pi a modos que deprimido e inseguro consigo próprio. Tem mesmo voltado à tona um sentimento que julguei enterrado na minha adolescência. Bem sei que para todos o que vão ler o post de hoje vão achar que estou completamente doido e que não devia andar a sentir-me assim, mas que fazer, começa a ser inevitável não ter o ego em baixo e sentir-me rejeitado!
Durante uma grande parte da minha vida tenho travado uma batalha feroz entre a minha embalagem e o seu conteúdo, tendo obviamente ambas sofrido extremes makeover radicais, contínuo a sentir o mesmo que sentia quando tinha 14 anos e borbulhas gigantescas na cara. E se o meu interior mudou de 8 para 80 tendo-me tornado numa pessoa que independentemente dos seus defeitos e virtudes eu admiro e adoro, o meu exterior fica um pouco aquém do que eu gostaria. Sim, sinto-me feio e este é o pensamento do início do ano. O Pi está longe de gostar do que anda a encontrar no espelho e isso anda a deixá-lo doido. Sim, tenho consciência de que sou extravagante no meu estilo, de que sou arrojado com as cores, de que dou nas vistas, e que sim, posso até chegar a ser por vezes uma daquelas princesas encantadas que falei outrora, e tenho perfeita consciência de que isso pode não ser muito atractivo para os caçadores furtivos que andam por aí nessas selvas da cidade, tendo em conta que vivemos numa época em que só é bonito quem é estereótipo de capa de revista, ou até dos morangos wannabe. Estou longe de ser o que a grande maioria procura e isso de certa forma acaba por me deixar fragilizado quando em plena caça me vejo ser ultrapassado por todos aqueles que correspondem a estes desejos comuns de procura num parceiro. Que fazer? Embebedar-me até cair para o lado, fingir que nada daquilo está a acontecer e tentar não pensar que essa vai ser mais uma noite em que vou sozinho para casa sem ninguém para me aquecer.
Não digo que acho que devia mudar, que devia tentar ser uma pessoa diferente, mudar o meu slogan e logótipo, porque isso seria mudar muito mais que o exterior, e eu não estou disposto a mudar a forma como sou por ninguém ou por nada. No entanto ver-me assim posto de lado só porque sou menos bonito… Deixa-me triste. Ridículo? No fundo há quem sinta o mesmo e todos nós pertencemos ao clã dos Narcisistas Conscienciosos.
E é aí que entra esta batalha interior! Caraças, se sou um rapaz inteligente, culto, comunicativo, simpático, educado, divertido (ai essa modéstia Pi). Se tenho perfeita consciência de que sou um rapaz intelectualmente cativante e estimulante, porque é que me continuam a ver apenas pela forma como sou por fora? E não me chamem de hipócrita ao dizer-me que também faço o mesmo, porque independentemente das minhas intenções com um gajo qualquer, dou-lhe sempre o benefício da dúvida e não é por não fazer o meu tipo, ou não o achar atraente que vou deixar de falar com ele ou dar-lhe um valente gameover! Mas eu sei, a sociedade anda de olhos fechados e esta política de publicidade avassaladora que se instalou na aldeia global é rainha e não há nada que possamos fazer.
Por agora a crise ainda não é grande, porque simplesmente não estou apaixonado por ninguém e isto só acontece nas noitadas com intenções de curtir com alguém. Mas e se. E se me apaixono e sou rejeitado por estas questões? Eu sei… É difícil o Pi apaixonar-se, e também sei que todos nós passamos pelo mesmo, ninguém comanda os sentimentos. Mas não consigo deixar de dar as culpas neste julgamento ao que encontro no espelho, e sentenciá-lo com pena de morte por ter de continuar sozinho e sem ninguém. E já nem falo nas bem ditas quecas do vosso amigo, porque essas andam pela hora da morte e nada tem acontecido… Vá, não estou a ser totalmente honesto, mas isso já é outro disparate. Mas entendem onde quero chegar? Ou a esquizofrenia deste post está de tal modo arrojada que só digo verdadeiros disparates? Bolas!
Enfim, precisava de soltar um pouco desta crise que se voltou a instalar em mim. Prometo tentar não pensar muito nisto e continuar a sorrir como sempre. De máscara fingida para a dor não custar tanto. Quanto a vocês, satisfeitos ou insatisfeitos, vejam para além do merchandising de campanhas de publicidade e tentem provar o produto antes de o deitar fora. Sabem que muitas são as marcas que fazem testes de prova e é precisamente para isso que elas servem, para ficarmos a saber se gostamos ou não.
Beijinhos, Pi.*

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Happy New Year!


E mais um ano que começa, mais um capítulo que abrimos e começamos a escrever. Gostava de ter vindo aqui mais cedo, mas infelizmente o tempo que disponho para mim tem sido curto e quase extinto. O ano mudou mas há coisas que permanecem intactas e esta é uma delas. Gostava de a modificar, mas “valores” falam mais alto e tenho assim de hipotecar prazeres a que gosto de me deleitar.
Começo então por falar naquela maravilhosa noite que muitos apreciam. A passagem de ano! Pois é, o Pi entrou em altas no novo ano. Aliás, eu já saí do outro completamente em alvoroço! E assim mesmo é que deve ser, despedirmo-nos e recebermos em alegria e festa, de copo na mão, passas e muitos desejos… Que sabemos serem na sua maior parte verdadeiras utopias, no entanto, vale a pena sonhar. E quanto a vocês? Como foi? Quero saber tudo! Informação adicional: Foi uma passagem de ano passada entre amigos e somente isso, sem novelas mexicanas pessoais, sem aventuras sexuais, sem devaneios… Alguns disparates, pois com certeza que sim, mas nada de por aí alem.

Até agora, oito dias passaram e muito provavelmente já muita água passou nos vossos moinhos, ao contrário do meu. A minha vida permanece intacta, sem qualquer mudança. Ando a ficar frustrado com tanta monotonia e rotina, e confesso que sinto falta de partir a loiça toda, de disparatar à grande, mas há algo que me prende, quer interna, que exteriormente. Não sei o que se passa comigo, se perdi a magia que julguei um dia ter, mas o meu dom está a extinguir-se e eu não consigo fazer nada para o recuperar. O que fazer? Aceitar que o Pi está a crescer e que já é um homenzinho? Ou tentar a todo o custo recuperar as suas loucuras de outrora? Ando baralhado e o mais frustrante é que sem tempo para pensar nas minhas crises existenciais! Ando a sufocar com esta vida de workaholic em que giro em torno do que tenho para fazer no dia seguinte e em que adormeço a pensar no que podia ainda ter feito. Ando a viver uma relação e de contracto assinado! E o pior? É que virei um chulo porque o meu namorado paga-me para andar com ele!

Hiroshima! É a palavra de ordem para esta primeira semana do ano que passou. As bombas foram lançadas à minha volta em catadupa e parece que todos os meus amigos resolveram revoltar-se com as suas vidas e provocaram uma verdadeira revolução. Resultado? Ando às aranhas a tentar fazer de pronto socorro para cada um, mas sem sucesso. Numa altura em que tento encontrar momentos para a minha introspecção que tanta falta me faz, não consigo atender a todos os fogos, e fica desde já aqui registado que peço desculpa a todos, mas eu sou só um e não consigo ter mãos para todos. No entanto, sabem que aqui estou!
Apesar de não haver lugar para grandes pensamentos, há lugar para sentimentos. Não amorosos, porque esses resolveram tirar férias de mim e já há muito que não regressaram, qual licença de parto. E é precisamente por isso que preciso mesmo de falar acerca disso. Necessito desapertar este nó que tenho na garganta. Assim sendo, espero ainda este fim-de-semana conseguir preparar mais um texto que me deixe libertar um pouco do que sinto no peito, e com sorte, alinhavar um novo refrescante que me volte a trazer para as luzes da ribalta como o Disparador mais famoso da internet!
Novidades? O Pi aderiu ao facebook e mesmo ainda estando no início e tendo pouco ou nada para apresentar por lá, quero trabalhar afincadamente nesse lado também. Para quem ainda não recebeu o convite, não se acanhe e procure-me por lá como “Os Disparates de Pi”! Sejam amigos e mostrem-se! Aproveito ainda para agradecer às novas caras que já vi surgirem aqui nos comentários. Mesmo que em anónimo, obrigado pelas vossas visitas e sejam bem-vindos. Prometo uma vez mais, estar mais presente com os meus devaneios!
Beijinhos, Pi*