segunda-feira, 29 de junho de 2009

O Meu Melhor Amigo Gay!


Verdade absoluta: Ser gay está na berra! E ter um melhor amigo assim é o expoente máximo de qualquer candidata a Cinderela dos tempos modernos! Hoje dei um passeio por Lisboa, aquelas caminhadas que fazem de mim um turista na minha própria cidade. E após sentar-me na minha esplanada de eleição, dei por mim a confirmar uma realidade moderna. Todas, ou quase todas as mulheres têm um amigo gay! É vê-las cheias de graça a exibirem o seu, como que numa disputa para ver qual tem o melhor, como espécie de animal de estimação cheio de adereços. Quanto mais divertido, engraçado, bem vestido, giro e acima de tudo, descomplexado for, mais atraente e invejável se torna! No fundo, acho que em relação a esta questão, não há nada a fazer, e até parece que se tornou em mais um artigo que as revistas comercializam e publicitam como sendo um status! Não tens um amigo excêntrico e que dá nas vistas? Amiga, então estás muito fora!
Mas o que acho mais engraçado nesta questão é que realmente existe uma forte procura por parte do sexo feminino nesta obtenção quase luxuosa e isso verifica-se nas míudas que cada vez mais novas o procuram. E como sei? Bem, por mais do que uma vez já as ouvi dizer, directa, ou indirectamente, que sempre quiseram ter um amigo gay. Ora vejamos um exemplo:

- "És gay?" - Pergunta-me no meio de uma conversa, uma jovem que acabo de conhecer.
- "Sim sou." - Respondo.
- "AI EU NÃO ACREDITO!!!" - Grito estridente dado por ela.
- "?"
- "Eu sempre quis ter um amigo gay! Acho maravilhoso!
- "Então?"
- "Ai não sei, vocês são o MÀXIMO! São óptimos para ir às compras, não são nada como os outros rapazes!

Como assim? Mas vocês querem-nos para quê? Para nos usarem quando estão desanimadas e precisam de renovar o guarda-roupa e de dar uma boa gargalhada? Meninas, detesto estereótipos e esta abordagem é de todo uma grande forma de discriminação mesmo vindo de alguém que se assume como liberal e sem preconceitos! Mas afinal o que é que estas malucas pretendem de nós? Um brinquedo ou um amigo? Fica a questão.
Eu tenho as minhas amigas, às quais exijo sempre: Ai de ti que tenhas outro melhor amigo gay! Obviamente que podem conhecer outros, mas gosto de ter um contracto de exclusividade com elas, uma espécie de relíquia que só elas possuem. No entanto não mantemos o tipo de relação pretendido pela menina do exemplo. Conhecem-me há anos, sabem quem sou e tratamos-nos mutuamente numa relação de amizade e sinceridade, em que podemos contar um com o outro, neste caso eu com elas e elas comigo. Uma relação que corresponde aos parâmetros mínimos de uma relação de amizade, não sendo eu tratado como um objecto de exibição num qualquer campeonato freak.
Vamos a ver se nos entendemos. Eu desconheço que tipo de homossexuais vocês andam por aí a conhecer e bem sei que muitos deles são feitos um pouco à base de conservantes meramente fictícios e exibicionistas, mas quanto a mim, prefiro ser tratado como um ser humano, igual a vós, que não serve somente para responder às vossas necessidades. Sou homem, diferente por certo, com uma sensibilidade mais vincada, mas não deixo de gostar de coisas mais profundas. Lá por ter um lado fútil muito associado às mulheres, não perco de todo o discernimento por outras questões.
Se encontrarem o Pi e se se derem ao trabalho de o conhecer, por favor, não me venham com essas conversas! Podemos perfeitamente ser amigos e quem sabe, os melhores amigos, mas com tudo a que tenho direito! Noutro post, a visão do Pi e do seu, ou dos seus melhores amigos gays! É que isto de se ser gay e melhor amigo, tem sempre mais do que uma visão. Quanto a vocês, estão na moda ou dispensam seguir a maré dos novos tempos?

Beijinhos, Pi.*

sexta-feira, 26 de junho de 2009

On & Off


E se existisse um botão que nos permitisse ser homossexuais ou não? Um mero click e deixávamos de ser ditos diferentes.
Encontrei esta imagem numa das minhas buscas pelo mundo da Internet e comecei a pensar nesta questão. E se a opção sexual de cada um de nós se resumisse a uma decisão e pudéssemos ir ao médico resolve-la de cada vez que nos apetecesse? Quantos de nós não iriam a correr para o centro de saúde marcar uma consulta para fazer esta alteração? E porquê?
As questões que envolvem esta chamada opção sexual, com a qual discordo totalmente por não achar que se trata de uma opção, mas sim algo que nos é intrínseco e com a qual nascemos, são demasiadamente complexas e muitas vezes envoltas num sofrimento demasiado penoso para se suportar. Deste modo, acho que muitos de nós, comunidade LGBT, daria tudo para mudar esta realidade, a de se ser diferente numa sociedade dita normal e ainda muito católica para se ser feliz à sua maneira.
Se a maioria dos heterossexuais imagina-se a dificuldade embutida em se tentar ser ele próprio, mesmo que isso vá contra as metas que nos traçam mesmo antes de nascer, deduzo que muitos deles deixariam de ser uns homofóbicos idiotas! E gostava que nesses casos existisse este tal botão, para os ligar neles, para eles sentirem na pele o que muitas vezes nos fazem a nós quando são mesquinhos em recriminar algo que no fundo nos pertence a todos, o Amor! Aquele que nos é patente enquanto seres que respiram, aquele que não tem forma de ser ou estar, aquele que é somente isso, a pedra preciosa talvez mais bela à face da terra!
Mas os botões não existem e não acordamos um dia e deixamos de ser gays, ou não adormecemos uma noite e somos gays. Não! Somos, sempre, e ponto final. A questão é que muitos o assumem para eles próprios relativamente cedo, outros vivem uma vida de amargura usando uma máscara tão bem construída que se enganam a eles mesmos.
Quanto a mim, já passei a fase de desejar não ser gay com receio de sofrer as duras batalhas contra esta sociedade. Hoje em dia sinto-me bem como sou e posso orgulhar-me de o poder dizer assim, sem rodeios. Sei quem sou e cada vez estou mais apaixonado pela pessoa em que me tornei. Aquele que é demasiado honesto para encarar a realidade e que em vez de lutar contra ela, preferiu assumi-la e ser feliz desse modo. Sei que vou continuar a ter dias menos bons, quando sou confrontado com comentários menos positivos por ser como sou, mas que se lixe, em casa encontro uma família que me ama independentemente de com quem vou para a cama, à minha espera tenho dezenas de amigos que não me colocam à margem por ser homossexual. E nunca, mas nunca, esconderei que gosto de homens. Não faço disto sinal luminoso, mas também não omito. Acho que parte da minha participação activa por uma sociedade igual, sem distinções, passa por não me esconder em becos com medo de julgamentos disparatados, mas por enfrentar as pessoas com esta verdade. Passa por me dar tanto a homossexuais, como a heterossexuais. Porque no fundo somos todos iguais e não temos de ter receios em mostrá-lo!
Mas, botões à parte, deixem-se de coisas e assumam o que são na sua verdadeira essência. Para vocês, para os outros. Só assim, todos juntos, conseguiremos chegar a algum lado!

Beijinhos, Pi.*

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Arraial Pride ´09

Este sábado realiza-se o Arraial Pride ´09.
Ao longo dos anos, esta tem sido uma festa que tem vindo a ganhar mais notoriedade na nossa capital! Desde a sua realização ser no meio do Parque do Monsanto, em que centenas de LGBT se deslocavam, quase que de forma clandestina e sorrateira, para um evento que afinal era de todos, passando pela Praça da Figueira em 2006 (10ª edição), Terreiro do Paço em 2007 e na Praça do Comércio o ano passado. Felizmente nos últimos anos verificou-se um maior interesse por este arraial, quer pela parte da Câmara Municipal de Lisboa, quer pela própria comunidade LGBT, e quer até pelos cidadãos da cidade de Lisboa.
O Arraial Pride é uma festa aberta a todos e o primeiro evento público de grande visibilidade em Portugal pela defesa da igualdade de direitos para as Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros. É organizado desde 1997 pela Associação Ilga Portugal e consiste numa festa ao ar livre com actuações num palco, tendas com diversos bares e restaurantes explorados por bares e discotecas gays já existentes em Lisboa, e associações LGBT, combinando deste modo o conceito de arraial com as comemorações do Orgulho LGBT ou “Pride”.
Não sei precisar há quantos anos tenho estado presente nesta festa, mas posso garantir que pelo menos desde 2005 este arraial tem contado com a minha presença! E eu sei, parece ridículo não estar presente na Marcha mas no Pride já lá andar feito doido. É uma questão que realmente não vos sei explicar. Este ano, como sabem, ainda tentei mudar as coisas, mas pronto, já lá vai, já lá vai, e agora, no próximo sábado dia 27 lá estarei eu presente neste evento que espero continue a crescer e a melhorar com o passar do tempo! Pelo menos não me podem dizer que não dou o meu contributo, mesmo que seja com poucas plumas e lantejoulas!
Enfim, para a semana trarei toda a informação acerca deste “disparate” e para quem não conhece o Pride, ou pretenda ir e não saiba como, deixo em baixo toda a informação necessária! Não percam este arraial pelo Orgulho, acima de tudo, por se ser humano!
Beijinhos, Pi.*

Para este ano a Associação Ilga Portugal constituiu um grupo de trabalho independente para a produção do Arraial. Será um modelo novo de produção, uma nova aposta na realização da maior festa LGBT de Portugal.Este ano comemoram-se os 40 anos de Stonewall, e os 25 anos da morte de António Variações. Por motivos de obras no Terreiro do Paço o arraial será realizado em Belém.
HORÁRIO ARRAIAL:
  • Restauração e programação - a partir das 15H00
  • Expo arraial – a partir das 12H00
  • Queer Games – 18h00 às 19h30
  • Arraialito - das 16h às 19h


Tenda Lounge [A partir das 16H00 até 20H00]
Rainha Malvada( DiscóRace Masmorra)
LorenzFactor
Natasha Semmynova
Bruna Meneghel
Helena MartinsKassandra


Palco Principal [A partir das 20H00]
Plastic Poney
BadLovers & Hysteria Iberika
Deborah Kristall & Companhia
Les Baton Rouge
La Terremoto de Alcorcon
Dj: Miss T & Hush Hush
Vj Phaustino
Dj :Rui Murka

terça-feira, 23 de junho de 2009

Imprevistos!


A minha vida, assim como a de todos, é feita de imprevistos, e este fim-de-semana foi mais um exemplo disso mesmo. Foram uns atrás dos outros, mudanças de planos, coisas que haviam para ser feitas e que ficaram para trás, outras inesperadas que acabaram por ganhar prioridades. Este foi mais um daqueles weekends carregados de loucuras, de momentos alucinados, de amizades, de stress, de disparates transcendentes.
Como já deu para perceber, com tanta troca, acabei por faltar uma vez mais à marcha LGBT. Pois foi... Infelizmente não pude estar presente e acabei por continuar sem ter uma opinião acerca do assunto, portanto, acho que para o ano, como já não vou ter argumentos, vou ter mesmo que ir. Mas pelo que soube, através de amigos que estiveram presentes, a festa foi divertida, apesar de estar menos pessoas que no ano anterior, mas não deixou de ser um momento agradável e até bem organizado. Mas enfim, não posso tecer uma opinião, com muita pena minha. Para o ano há mais e se tudo correr como previsto, irei estar presente este sábado no Pride, que é sem dúvida a maior festa LGBT de Lisboa! Mas quanto a isso, falarei no próximo post.
Para trás ficam então três noites e dois dias em que aconteceu de tudo um pouco. Assim como em tudo na vida do vosso Pi, um verdadeiro disparate! Não vou entrar em pormenores, porque há muito sumo para se espremer, e houveram momentos que darão lantejoulas para muitos vestidos. Portanto, não se preocupem, que a seu tempo irão ficar ocorrentes de tudinho!

Por agora despeço-me, pois tenho um encontro marcado...

Beijinhos, Pi.*

quinta-feira, 18 de junho de 2009

10ª Marcha de orgulho LGBT - Lisboa


Ora bem, no próximo sábado dia 20 de Junho de 2009 irá realizar-se a marcha pelo orgulho gay. Esta será a 10ª em Portugal, na capital Lisboeta. Nunca estive presente em nenhuma por estar completamente em desacordo com ela. Concordo que sim, temos de lutar pela igualdade, pelos nossos direitos, e por uma inclusão mais vincada na nossa sociedade tão recheada de preconceitos. Mas será que esta é mesmo a melhor abordagem ao assunto? Será que é mesmo assim que se ajuda a resolver o problema indo para o meio da rua com plumas e lantejoulas? Com cartazes provocadores e passando uma imagem às vezes um pouco negativa da sociedade homossexual? Fazendo de uma forma de expressão lutadora por uma causa maior, um evento quase carnavalesco? Ou será que é mesmo isto que somos, um paralelo muito diferente dos comuns cidadãos deste país?
Mas este ano fui assolado por um súbito desejo de estar presente. Alguns amigos, heterossexuais por sinal, vão marchar pela defesa dos meus, e esse facto despertou algumas dúvidas em mim. Será que devo mesmo ficar em casa, ou devo ir desfilar também? Será que não devo ir somente pela curiosidade e para presenciar de perto o que é realmente esta marcha? Mas depois por outro lado começo a pensar... Mas porque esta necessidade de os gays irem para a rua mostrarem-se? Porque são descriminados? Não se descriminarão eles também? Uns aos outros, a sociedade? Eu não vejo os heterossexuais a terem um dia de orgulho hetero! E porquê? Porque não são descriminados? Mentira! Eu conheço tantos homossexuais que os descriminam a partir do momento em que não assumem quem são, em que vivem com máscaras, quando só se dão com pessoas da mesma espécie. Há toda uma panóplia de controvérsias em volta deste assunto, mas que um dia abordarei mais detalhadamente.
Ainda há pouco falava desta questão com uma amiga que veio de Barcelona recentemente e ela também estava com dúvidas se ia ou não, e disse-me. Só para ver como é e para ter uma opinião mais bem formada sobre isto, iria marchar também. E eu cheguei à conclusão de que devia fazer o mesmo! Porque não? Sou assumido, portanto não tenho quaisquer problemas se for visto. E que mal fará? Pelo menos fico a conhecer e se para o ano não quiser ir, e se alguém me confrontar com essa atitude, poderei articular melhor a minha defesa.
Posto isto, no sábado lá estarei presente a título de curiosidade. Depois deixarei um texto acerca de toda a experiência. E deixo-vos com um ligeiro texto que encontrei no facebook no grupo da Ilga Portugal (International Lesbian and Gay Association), que fala sobre esta marcha e o que defende. Depois, o roteiro, as horas, o local, para o caso de se quererem juntar a nós!
Beijinhos, Pi.

Descrição:
Porque combater a homofobia é um dever de tod@s de cidadania independente da orientação sexual que se tenha, e porque participar em prides é terapêutico: faz bem à pele, reduz os índices de homofobia internacionalizada, aumenta a capacidade de aceitação da diversidade, melhora o auto conceito, é uma boa actividade aeróbica e muitas outras coisas. Dia 20 de Junho às 17h30, com início no Príncipe Real, depois R. D. Pedro V, depois R. de S. Pedro de Alcântara, r. da Misericórdia, depois R. Garrett, R. do Carmo, depois Rossio e final nos Restauradores.
P.S. Ah e pode ser um Cocktail mesmo que tuxedo não seja dress code , mas podem levar os cosmo num tupperware.


  • Anfitrião: Todos
    Tipo: Festa de Cocktail
    Rede: Global
    Data: Sábado, 20 de Junho de 2009
    Hora: 17:30 - 20:30
    Local: Príncipe Real
    Rua: Várias
    Cidade/Localidade: Lisboa, Portugal

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Amigo às Cores


Hoje sinto-me possuído por um espírito de libertação elevadíssimo, por isso mesmo, vou falar-vos sobre algo pessoal, mas bastante saudável, na minha opinião claro. O meu amigo colorido, ou pelo menos, aquele que é mais fixo entre outros!
Isto vai soar um pouco à Sex and the City, assim tipo Carrie Bradshow, mas meus amigos, se há coisa em que ela tem razão é que todos nós devemos ter um amiguinho com o qual damos umas pinocadas de vez em quando, sem compromisso ou qualquer tipo de sentimentos mais assolapados. Quando ambos sabem para o que vão e têm consciência de que é só aquilo que obtém do outro, e não existe paixão entre ambos, então não encontro problemas em duas pessoas combinarem um bom momento a dois sem stresses. E realmente, é bastante libertador ter alguém assim, a quem podemos recorrer esporadicamente.
Ele é tipo, podre de bom! E não o digo somente para soar bem, não, ele é realmente um belo naco de carne! Alto, musculado, moreno, trintão e ainda por cima, alemão. Digam o que disserem destes estrangeiros, que são frios e mais não sei o quê, mas meus caros amigos, este senhor é qualquer coisa de quente e selvagem que me tira do sério! Quando penso que este gajo olhou para mim duas vezes, enfim, nem questiono o porquê, ele que olhe, que mexa, que toque, que faça o que quiser! Eu sei que isto pode estar a soar a devasso, a leviano, ou até mesmo a libertino, mas porque é que hei-de eu fingir uma coisa que não sou? Já disse que gosto de sexo e não tenho quaisquer complexos em falar acerca disso. E acho que o mundo tem mesmo falta deste tipo de sinceridade, aquela que surge de onde menos se espera para provar que tabus e mesquinhices de purezas, nem no convento existem!
Pois bem, o princípio da história remota a cerca de quatro anos atrás. Ainda estava eu nos primórdios da aceitação da minha opção sexual, quando estava num cafezinho (muito gay diga-se de passagem), com uns amigos a conversar. Quando ele entra, acompanhado por um rapaz que por sinal eu também conhecia, fiquei a modos que bloqueado a olhar para ele. Mas como até sou tímido, não meti conversa, apenas disse olá ao conhecido em comum e nada mais, também não sabia que género de relação eles mantinham os dois, portanto o melhor mesmo era ficar sossegadinho no meu canto.
Cerca de um mês depois, mais coisa menos coisa, estava eu num bar do Bairro Alto (realmente este sítio é mesmo o meu palco), quando dou de caras com ele. Não disse nada, mas fiquei a pensar, olha quem é ele, por aqui... E nisto, sinto uma mão tocar-me no ombro. Quando me virei, era ele, com uns olhos verdes simplesmente maravilhosos, disse-me:
- "Não nos conhecemos?"
Ao que eu respondo:
- "Acho que ainda não tivemos o prazer de ser devidamente apresentados." Pisquei o olho, e pronto, fez-se magia. Durante cerca de duas horas estivemos à conversa, criando um clima de sedução e desejo que era possível ver-se e sentir-se à distância. E como percebemos as intenções um do outro, ele convidou-me para ir continuar a noite em sua casa, e claro está, eu não me fiz de rogado. O resto da noite já vocês podem imaginar. Foi do melhor sexo que já tive na vida, com tudo a que eu tinha direito, assim bem até ao amanhecer. Depois, trocamos os contactos telefónicos, ele ficou a dormir e eu vim embora, não pretendia a parte melosa e carinhosa, era só aquilo que cada um desejava e isso ficou bem clarificado ali mesmo.
A partir desse dia, e ainda passados quatro anos, continuamos a encontrar-nos de vez em quando. Uma, duas, três vezes por ano? Depende de como anda a minha vida amorosa. mas pelo sim pelo não, o número dele contínua registado no meu telemóvel, não vá eu precisar... Se é que me entendem! E por falar nisso, da maneira como estes amores andam por estes lados, acho que lhe vou ligar, só para saber como anda. Maroto eu sei!
Enfim, viva às cores que colorem as nossas vidas e que nos dão novas amizades, por mais promiscuas que sejam.
Beijinhos, Pi.*

domingo, 14 de junho de 2009

Idiota!


Existem questões demasiadamente pessoais mas comuns a todos que me fazem ficar tão perdido em pensamentos que por vezes me estrangulo por dentro! Há uma eterna dúvida que me acompanha e que me faz aniquilar todas as minhas outras objecções mais gananciosas de serem esclarecidas. Desejar quem não me quer, não pretender quem me ambiciona! E porquê? Esta questão gostava eu de ver resolvida e arrumada na minha mesa de trabalho. Queria tentar perceber o que acontece para virar as costas ao que seria aparentemente benéfico para mim, que iria oferecer-me o que aspiro e preciso, em prol de me render e tornar submisso ao que me fere e magoa, ao que me faz sentir mero servo, ao difícil e imperceptível. Será que o ser humano gosta de sofrer? Será que isso está tão embrenhado no inconsciente de cada um que nos faz afastar do que está certo? Ou simplesmente o que aparenta ser o correcto não o é e o caminho a seguir é irmos ao encontro de uma suposta lição que temos de aprender, por mais dolorosa que seja?
Sinto-me um passarinho que quer abandonar o ninho mas não sabe como nem para onde. Despido da minha própria natureza e das minhas certezas. Volátil e desprezível quando me encontro num casting perfeito na imagem, imperfeito no seu todo! Escolho as alturas erradas? Faço as opções menos acertadas? O que faço com o que me dão? E com o que não me oferecem? Parece que gosto de encenações, de teatrinhos parvos, de sentimentos não correspondidos, de limbos idiotas, de deuses mesquinhos, de idiotices sem nexo! Sou descabido e apesar de na minha cabeça ter tudo esclarecido em relação ao que quero, quando estou a executar a prova espalho-me ao cumprido estragando tudo com o sentimentalismo! E com isto acabo por me magoar mais do que os outros a mim! Idiota, isso sim, muito idiota!
Vou continuar então por aqui perdido em disparates, em ligações que não lembra a ninguém, em confusões cineastas! Quem sabe um dia as respostas surjam todas em catadupa e eu poderei finalmente responder a uma correspondência que vem identificada no remetente. Pode ser que um dia os meus sonhos mudem porque o meu coração já está aquecido sem nunca se desligar o esquentador!
E vocês? Digam lá sem meias palavras no que é que são idiotas? Ou qual é o vosso maior disparate no mundo do sentir? Vamos lá a interagir... Afinal não sou feito só de sexo e afins, também existem sentimentos escondidos no meio de tanto disparate!
Beijinhos, Pi.*

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Que Doido Dissimulado!?


No outro dia fui assombrado por uma questão que julgo pertinente. Porque é que o ser humano tem o instinto de mentir? Vá, 80%? 70%? Whatever, muitos deles utilizam este verbo conjugado em todos os tempos como arma de arremesso para nos atacar. O porquê? Isso gostava eu de perceber...
Neste caso vou falar mais precisamente dos homens, por mais ridículo que isso possa parecer sendo eu próprio pedaço da mesma espécie, mas é precisamente por isso que os posso criticar, conheço o bicho melhor do que ninguém, e do que vocês meninas...! Então porque é que os homens gostam de mentir? Sobre si, sobre o que sentem, sobre o que por vezes querem, sobre até as cuecas que usam nesse dia. A grande maioria deles a única verdade absoluta que pretende e transmite imediatamente é, o sexo! Nisso sim eles são os mestres da sinceridade e com um gesto ou um olhar revelam a vontade que existe por detrás daquele sorriso malandro.
O que mais me enerva é eles mentirem sobre os seus sentimentos! Para quê? Com que objectivo? Não percebem que só complicam o que não querem complicar? Enfim, esta eu tenho que partilhar convosco. Aqui há tempos, conheci um rapaz um pouco mais velho que eu, super giro, profissional, com objectivos, comunicativo, tesudo e sem dúvida que muito na minha onda do open mind. Conhecemos-nos por intermédio do Gaydar (lá está o nosso amiguinho que às vezes até é útil), através de uma mensagem que ele enviou para mim dizendo que julgava já me ter visto no Bairro Alto. E pronto, posto esta primeira mensagem, eu respondi, trocamos e-mail, conversamos e marcamos um copo os dois. Até aqui tudo tranquilo. O jogo normal entre dois gays que se "engatam" num site da Internet, mas que aqui assumem papéis diferentes do comum no que toca às suas intenções. Encontramos-nos em Lisboa, vamos tomar um copo, existe comunicação, uma certa cumplicidade, química, proximidade. Sinto-me bem, animado, entusiasmado e com tesão, confesso. Ele leva-me a casa, beijamos-nos, e ficamos por ali porque ambos queremos ir com calma.
Passado alguns dias, próximo encontro. Jantamos os dois na zona de Belém com vista para o rio, depois vamos ter com uns amigos meus ao Bairro Alto, tomamos uns copos todos juntos e tudo aparenta estar bem, apesar de eu sentir algum desconforto da parte dele por ser mais velho que o meu grupo naquela noite. No entanto não deixamos de rir, de brincar, de nos tocar, mas neste momento com um afastamento da parte dele, dissimulado, que eu começava a perceber. Ele tem que ir embora para casa porque no dia seguinte vai trabalhar, declinando assim o meu convite para ir até ao Lux com o pessoal. Vou levá-lo ao carro e despedimos-nos com um beijo. Seco, áspero, mudado. Como já estava com os copos, não dei importância há acidez transmitida. Recebo mensagem dele a dizer que havia chegado bem a casa, e decidi curtir o resto da noite sem me preocupar. Se fossem coisas da minha cabeça, amanhã logo pensaria nisso
Dia seguinte, diferença no comportamento dele. Durante a semana que decorreu, o afastamento sem motivo aparente.
Sábado à noite, vou sair com um amigo! Neste dia, já fazia uma semana que havia estado com aquele idiota que tinha decidido desaparecer, mas naquela noite não queria pensar em distúrbios sentimentais, só queria descomprimir. Mas, para mal dos meus pecados, encontro-o no Bairro Alto, no sítio do costume. Finjo não o ver, não estava com paciência para estragar a minha noite.
Decido ir ao LxFactory com o meu amigo, para dançar um pouco. Longe de mim imaginar o que vinha a seguir. Chegamos, dançamos, tomamos uns copos, e... Hei-lo ali mesmo à minha frente. Não podia fingir que não o estava a ver. Não podia fugir. E bolas, mesmo no escuro ele estava a perceber que eu começava a corar! E porquê? Ele é que devia procurar um buraco para se esconder! E, sem mais nem menos, ele sorri e diz-me boa noite. Eu, retribuo-o e quando ele avança, expludo por dentro! Ele ia de mão dada com um gajo! Pois, um engate? Uma queca de uma noite? Pelos vistos o motivo pelo qual me tinha deixado agarrado durante a semana! Não percebi o que estava a acontecer no meu interior, sei que os vi várias vezes durante aquela noite em troca de carinhos e de paixões, numa humilhação que me deu a volta ao estômago. Mas também não fiz a coisa por menos, também curti com alguém nessa noite...
Na tarde seguinte, acordo com uma mensagem dele:
"Gostei de te ver, e desculpa lá a má cena! Foi um bocado fora, e eu quis dizer-te mas nunca deu.Beijinhos!"
Que belo despertar estão vocês a pensar! Pois eu virei-me para o outro lado e voltei a dormir por mais 24 horas! Quando acordei percebi que este filho da mãe não podia pensar que me havia afectado. Respondi docemente:
"Olá. Não tem importância, para eu ficar incomodado terias de ter sido importante na minha vida, e foste apenas mais um cubo de gelo no meu Mojito. Espero que estejas bem!"
Fim de conversa, página virada!
Ainda trocamos mensagens actualmente, ele continua a namorar com o tal rapaz, apesar de a relação viver altos e baixos e eu contínuo sem entender o que aconteceu. Não consigo deixar de lhe responder apesar de ter sido um grandessíssimo cabrão comigo, não que ainda tenha interesse, porque isso já não, mas não encontro explicação. Contínuo na espera que um dia ele me esclareça que bloqueio teve, para além do medo que diz ter sentido, quando uma vez numa troca de mensagens me diz que foi isso que o fez "fugir" de mim. Receio de se magoar, de sofrer. Enfim... Este é mais um daqueles casos que não vou arquivar já, que vou deixar em aberto. Outro dia contínuo porque já me estou a alongar nas palavras.
Beijinhos Pi.
E cuidado com as mentiras! As que dizemos, as que sofremos!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Gaydar


Felizmente, ou não, a Internet abriu uma nova porta no mundo do engate! Criaram-se novos conceitos onde tudo é permitido. Basta um simples click e no minuto seguinte já estamos enrolados com um estranho qualquer no local mais inesperado possível. Claro que não é assim tão linear… Vá, duração mínima: Cinco minutos! Mas é um processo muito simples, como é do conhecimento geral.
Ora bem, o Gaydar é mais um daqueles sites em que nos expomos. Meia dúzia de fotografias. Uma série reduzida de informações a nosso respeito, et voilà, através deste toda a gente pode saber as linhas gerais a nosso respeito. É assim bem ao jeito de Hi5, mas com muito menos paneleirices (estranho), mas também, não é preciso, os interesses são comuns.
Aqui no Gaydar não interessa saber em que escola andaste, que grupos gostas, milhares de slides com fotos tuas e dos teus amigos, quinhentos comments, etc. As perguntas que realmente interessam são respondidas e isso sim é o que importa! Desde o ser ou não ser circuncidado, passando pelo tamanho do pénis, tipo de corpo, acabando no tão famoso: És activo ou passivo? Pois, eu sou versátil.
Mas também perguntam o que procuras, uma comida que gostas, música, actores… Assim meia dúzia de questões para inglês ver e nas quais ninguém repara. Mas as que eu acho realmente piada são: Fetiches? Tipos de Homem? Actividades Sexuais?
Podem estar a achar graça a tamanha promiscuidade. Mas realmente para a maioria dos gays, isto são questões de extrema importância antes de se conhecer alguém do mesmo sexo. Claro está, tudo isto depois de se ver as benditas fotos. “Não respondo a mensagens de profiles sem foto!” Dizia um uma vez. O mais engraçado, é que muitas vezes basta-lhes ver a foto para ter ou não interesse e enviar uma mensagem. E também não os condeno! Numa viajem pelo mundo cibernético, a verdade está tão mascarada que mais parece um Carnaval constante!
E é aqui neste espaço que vimos a descobrir se A ou B são gays, em que encontramos sem querer (passado cinco horas de pesquisa), o tal gajo da noite passada. Em que combinamos “cafés” com desconhecidos. Mas por entre uma percentagem elevadíssima, encontramos um restrito e minúsculo número de profiles em que podemos ler coisas do género:

“Podem chamar-me um piroso, um maricas, ou mesmo um conas... mas eu sou um romântico incorrigível... Procuro alguém especial, alguém que queira ter uma relação estável e ser feliz... Alguém que eu ame e que me ame... Confesso que sou exigente e que gosto de meninos bonitos... Gostava de encontrar alguém entre os 20 e os 25 anos e que esteja disposto a viver uma história de amor sem fim... Mais uma vez chamem-me o que quiserem... Eu sou assim e é assim que têm de gostar de mim...”

Este só vem mostrar que ainda há quem sonhe e que queira outras coisas para além de sexo. Mas vamos ser sinceros. Se um “menino bonito” lhe enviar uma mensagem afim de dar umas quantas valentes ele vai dizer que não? Só se pertencer aquela minoria tão invisível dos que se satisfazem com a mãozinha.
Enfim, loucuras num mundo em constante mudança.
Bem vindos ao século XXI.
Beijo.
Pi.*

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sexo é Sexo!


Mas que história é essa de engate e de jogos de sedução?
Não me venham com tretas que nunca ninguém o fez porque isso é uma das maiores mentiras de todos os tempos. Todos nós já nos encontramos em situações de olhares trocados, de sorrisos marotos, de toques dissimulados, de tesão interna escondida para depois desabrochar numa simples curte a dois ou num valente orgasmo! Claro está que uns mais que outros e no meu caso eu confesso, sou um tarado de primeira. Gosto dessa brincadeira, desse momento. De uma noite louca em que encontro outro animal sedento por sexo fácil e pimba, lá vai o Pi quase que com asas a voar para saciar as suas vontades. Eu sei que o amor é importante, e eu juro que é isso que eu procuro para a minha vida, mas porque não responder ao instinto? Para quê ficar à espera que apareça de novo o tal para fazer amor? Não sou de ficar à espera meus queridos, não sou mesmo.
Sexo é sexo! E eu adoro-o! De todas as maneiras e feitios, de todas as formas e sabores, e acreditem, até não me interessa muito se é com um homem ou com uma mulher! Claro que um homem nos faculta aquilo que nós gays e mulheres heterossexuais bem sabemos, mas valha-me Cristo, existem mulheres que me tiram do sério! E como tal não vou deixar de ter prazer só porque recebo uma vagina em vez de um pénis. Sexo é retirar prazer, e eu retiro-o em situações que vocês achariam demasiado à frente, acreditem! Mas os pormenores não vos vou contar, não agora.
Se até os animaizinhos gostam de brincar com os seus parceiros, e se só os pinguins são os únicos fiéis, porque eu hei-de eu contentar-me em fazer só quando tenho um parceiro? Sou um devasso sim, um leviano como diz a minha mãe, e já que tenho a fama vou ter o proveito, disso vos garanto eu! Enquanto ando em castings para descobrir quem será o próximo príncipe encantado, claro que sim, vou andar a fazer estudos de mercado!
E depois há o seguinte. Há gajos que são simplesmente isso, amigos das quecas! Há aqueles que vocês já tentaram ter uma relação, mas não funcionou, mas como o sexo era tão bom vocês repetem, mas só isso. Ou aqueles que vocês fodem, é brutal, e percebem que não passa disso, só um sexo desenfreado e muito apetitoso! Como tal, há pessoas para tudo, até só para te dar um bom orgasmo! Eu cá tenho os meus amigos... E acreditem que são óptimos!
E viva o sexo sem tabus e poder falar dele assim mesmo, sem preconceitos! Que para isso já basta a beata da minha avó coitadinha que já nem deve saber o que isso é. E se eu vou chegar à idade dela e ficar no mesmo estado, sem me lembrar, então deixa-me aproveitar agora enquanto tenho memória!
Beijinhos Pi.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Praia Disparatada


Dia de Praia! A família reuniu-se a um domingo qualquer para ir mostrar em demanda as gordurinhas a mais e para bronzear o belo do corpinho. Não somos muitos, mas somos os suficientes para fazer uma algazarra. As mulheres gritam umas por cima das outras para se fazerem ouvir, enquanto os homens reviram os olhos em desaprovação. Eu, ali numa linha ténue invisível não sei que partido tomar. Por um lado elas gritam para mim de modo a que participe na peixeirada, por outro, não consigo falar assim tão alto. Então ouço os disparates, mas não desaprovo. As mulheres da minha família são assim mesmo, umas barraqueiras respeitosas dos que estão ao redor.
Mercado montado! Chapéus de sol abertos, toalhas estendidas. "Quem quer comer?", "Não vais para a água sem meteres o protector!", "Mete o chapéu na cabeça", "Eu ia era atrás das rochas fazer uma mamada..." Oops, esta última já é de outro dia de praia, adiante.
As horas vão passando e eu limito-me a bronzear, a ver as vistas, águinha, ouvir música, comer e fumar. Isto sim é vida! E depois de uma noite estrondosamente louca, este dia caiu que nem vodka num sumo de laranja, maravilhoso!
Olho ao meu redor e lá estão eles. Os cabrões dos surfistas têm mesmo uma pinta do caraças e não me importava nada de os pranchar contra a areia! É que é com cada um! Vocês sabem...
E enquanto o dia passa, sem me aperceber dou comigo numa situação provocada inconscientemente, mas que vai de encontro ao meu texto anterior. Os homens agarram na bola e vão para a beira-mar jogar futebol. Que machões! As mulheres ficam nas toalhas perdidas em conversas de gajas. E eu? Onde acham que fiquei? Pois, não foi no engate que respeito os outros e ainda me calhava um hetero na rifa e depois a única coisa que ganhava como prémio era um murro nos cornos! Não, fiquei com as senhoras pois está claro! Pensem o que quiserem, mas sinto-me mais à vontade aqui, do que feito parvo a correr atrás de uma bola para depois ficar todo suado, e isso só gosto no sexo. Tirando o correr atrás de uma bola, naturalmente.
Não compreendo até que ponto esta atitude que tomo inconscientemente pode definir-me como pessoa. Mas serei obrigado a agir como "ditam" as leis da natureza e da religião? Será que não tenho o direito de escolher sem correr o risco de ser olhado de forma diferente? "Os paneleiros é que andam sempre com mulheres!" Dizia a minha avó uma vez. Mas essa já nem lhe ligo, outra educação. Será que quando agimos de forma contrária à maré significa que tenhamos de ser desaprovados ou dignos de um caso de pesquisa psicológica? Bem, felizmente aqui não. Com a minha família não existem preconceitos, temas tabu e de forma inesperada são feitos de uma open mind capaz de fazer inveja a muitos de política de esquerda!
Posto isto, o bronze já começa a dar sinais de vida, as vistas valem mais que a pena, tudo corre perfeitamente e eu vou deixar as questões sociais e humanas, os distúrbios e discriminações para quem isso lhes incomoda. Este dia de praia chega para me fazer sorrir e não ter medo de quem sou.
Be allways what you are!
Beijinhos.
Pi.*