sexta-feira, 26 de junho de 2009

On & Off


E se existisse um botão que nos permitisse ser homossexuais ou não? Um mero click e deixávamos de ser ditos diferentes.
Encontrei esta imagem numa das minhas buscas pelo mundo da Internet e comecei a pensar nesta questão. E se a opção sexual de cada um de nós se resumisse a uma decisão e pudéssemos ir ao médico resolve-la de cada vez que nos apetecesse? Quantos de nós não iriam a correr para o centro de saúde marcar uma consulta para fazer esta alteração? E porquê?
As questões que envolvem esta chamada opção sexual, com a qual discordo totalmente por não achar que se trata de uma opção, mas sim algo que nos é intrínseco e com a qual nascemos, são demasiadamente complexas e muitas vezes envoltas num sofrimento demasiado penoso para se suportar. Deste modo, acho que muitos de nós, comunidade LGBT, daria tudo para mudar esta realidade, a de se ser diferente numa sociedade dita normal e ainda muito católica para se ser feliz à sua maneira.
Se a maioria dos heterossexuais imagina-se a dificuldade embutida em se tentar ser ele próprio, mesmo que isso vá contra as metas que nos traçam mesmo antes de nascer, deduzo que muitos deles deixariam de ser uns homofóbicos idiotas! E gostava que nesses casos existisse este tal botão, para os ligar neles, para eles sentirem na pele o que muitas vezes nos fazem a nós quando são mesquinhos em recriminar algo que no fundo nos pertence a todos, o Amor! Aquele que nos é patente enquanto seres que respiram, aquele que não tem forma de ser ou estar, aquele que é somente isso, a pedra preciosa talvez mais bela à face da terra!
Mas os botões não existem e não acordamos um dia e deixamos de ser gays, ou não adormecemos uma noite e somos gays. Não! Somos, sempre, e ponto final. A questão é que muitos o assumem para eles próprios relativamente cedo, outros vivem uma vida de amargura usando uma máscara tão bem construída que se enganam a eles mesmos.
Quanto a mim, já passei a fase de desejar não ser gay com receio de sofrer as duras batalhas contra esta sociedade. Hoje em dia sinto-me bem como sou e posso orgulhar-me de o poder dizer assim, sem rodeios. Sei quem sou e cada vez estou mais apaixonado pela pessoa em que me tornei. Aquele que é demasiado honesto para encarar a realidade e que em vez de lutar contra ela, preferiu assumi-la e ser feliz desse modo. Sei que vou continuar a ter dias menos bons, quando sou confrontado com comentários menos positivos por ser como sou, mas que se lixe, em casa encontro uma família que me ama independentemente de com quem vou para a cama, à minha espera tenho dezenas de amigos que não me colocam à margem por ser homossexual. E nunca, mas nunca, esconderei que gosto de homens. Não faço disto sinal luminoso, mas também não omito. Acho que parte da minha participação activa por uma sociedade igual, sem distinções, passa por não me esconder em becos com medo de julgamentos disparatados, mas por enfrentar as pessoas com esta verdade. Passa por me dar tanto a homossexuais, como a heterossexuais. Porque no fundo somos todos iguais e não temos de ter receios em mostrá-lo!
Mas, botões à parte, deixem-se de coisas e assumam o que são na sua verdadeira essência. Para vocês, para os outros. Só assim, todos juntos, conseguiremos chegar a algum lado!

Beijinhos, Pi.*

3 comentários:

  1. Está tudo dito... E bem dito! Assumam-se rapazes e raparigas amantes do amor! (mais não seja para eu ter mais alegrias LOL) :P
    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Eheh!
    Foi uma espécie de incentivo para tu teres mais felicidades ;)

    Um abraço*

    ResponderEliminar
  3. Nem mais!

    Eu deixava o botão no on! ;)

    ResponderEliminar