segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

The Missing date...

Para voltar aos meus disparates decidi contar-vos uma história de um date que tive este ano, relembrar aqueles meus casos que não lembram a ninguém e os encontros de último grau mais descabidos de sempre. Vocês já ouviram falar nele, quando o reencontrei numa entrevista de trabalho, mas não sabem como tudo aconteceu entre nós. Ora aqui vai…
Conhecemo-nos como tantos outros, através do site Gaydar, ele havia visto o meu perfil, e eu o seu até que recebo uma mensagem dele. O procedimento já vocês sabem como funciona, troca de algumas mensagens, troca de e-mails, alguma conversa, troca de contactos, até que chega ao date propriamente dito. Mas desta vez as coisas pareciam ir por um caminho diferente, o convite que o “André” me fez foi inesperado. Convidou-me para ir com ele a uma exposição da Absolut Vodka no Bairro Alto, a uma 5ªfeira à noite. Obviamente que disse que sim, já estava a ganhar mais pontos pela originalidade e por não ser cliché.
Eis que a noite surge e nós encontramo-nos no Largo do Camões. Ele chegou atrasado, coisa estranha porque geralmente sou eu quem chega sempre fora de horas. Lá nos apresentámos pessoalmente, eu achei-o ainda mais giro e super fashion, mas não achei grande piada a sermos um pouco parecidos quer a nível de estilo quer fisicamente. Caminhámos até à exposição, sempre em conversa, que fluía naturalmente e sem ser forçada. Conheci a amiga dele, aproveitamos a serventia de Vodka que estava a haver, vimos a exposição (que acrescento, apesar de pequena era bastante interessante) e viemos para a rua continuar a nossa conversa. Infelizmente ele tinha de ir embora cedo pois ainda tinha de passar em casa de um amigo para ir buscar umas coisas, tinha trabalho para fazer ainda nessa noite e no dia seguinte acordava cedo. Demonstrou que era uma pessoa um pouco ocupada a nível laboral, ou que pelo menos passava um momento assim, mas tínhamos muita coisa em comum o que fazia com que pelo menos amigos ficássemos. Eu claro que compreendi a sua situação e disse-lhe que não havia problema, iria ter com os meus amigos e depois voltámos a combinar qualquer coisa. Mas infelizmente teria de ser dali a uma semana pois ele ia para Madrid em trabalho e não nos conseguíamos encontrar antes de ele partir no domingo seguinte.
Quando nos despedimos com dois beijos na face, eu senti que tinha existido uma química, havia gostado da pessoa que tinha conhecido naquela noite e sem dúvida que iria querer voltar a encontrar-me com ele. E sem conter o impulso, enviei-lhe uma mensagem a dizer precisamente isso, que tinha gostado do encontro e que esperava vê-lo em breve. Resposta seguida e pronta da parte dele a dizer que o sentimento era recíproco. Claro que corei e fiz aquele sorriso parvo que todos nós fazemos nestes momentos.
Os dias foram passando, nós sempre a falarmos, até que chega o dia em que ele parte para Madrid. Surpreendentemente liga-me do aeroporto para me dar um beijo de despedida e que avisava quando chegasse ao seu destino. Se já andava com ar de parvo, agora tinha ficado derretido com a atitude dele…
A semana passou sem notícias dele, e eu sem saber se ele tinha chegado bem ou não, o que havia acontecido. Não quis dar uma de psicopata portanto no decorrer dessa semana não lhe disse nada também. Até que a semana chegou ao fim, mais uns quantos dias passaram e eu resolvi mandar uma mensagem a perguntar se estava tudo bem. Foi entregue, mas até hoje estou à espera de resposta.
Não sei o que aconteceu, se aquilo tudo foi uma enorme peta para gozar com a minha cara, se teve algum problema, se afinal não tinha interesse em mim. Independentemente do que lhe aconteceu, sei que fiquei a anhar com este gajo e que tive pena de as coisas não se terem desenvolvido. Tinha sentido qualquer coisa com ele.
Tudo isto só vem sublinhar ainda mais que os gajos andam completamente doidos e que está cada vez mais complicado termos o que quer que seja. As coisas começam a ficar complicadas e este foi mais um atrofiado a juntar à minha longa lista de encontros de terceiro grau. E tê-lo visto meses depois, ele completamente normal, como se nada tivesse acontecido, deixou-me o ego tão em baixo que ainda hoje é complicado às vezes tentar olhar-me ao espelho sem me sentir derrotado. Não que isto tenha sido alguma coisa do outro mundo, que tivesse sido uma história romântica que chegou ao fim. Nada disso, simplesmente foi mais uma hipótese que saiu furada por derivados do destino.
Mas enfim, o horóscopo da revista Bravo disse que eu em 2010 iria ter na minha vida a pessoa que sempre esperei, e eu vou acreditar piamente nela!
Beijinhos Pi… E cuidado com os desaparecimentos súbitos, qualquer coisa não vale a pena ir aos perdidos e achados da Polícia, eu já lá fui e não há nada.

2 comentários:

  1. LOL Adoro as tuas histórias!!! Acho que já te tinha dito!! Tenho sido um leitor ou seguidor silêncioso, mas gosto mesmo!! Revi-me neste episódio em particular. Enfim meu querido amigo...concordo que andam todos loucos, mas confesso que também eu tenho feito o meu papel a algumas pessoas que não merecem e se calhar também tu, ainda que sem ser de propósito, pois somos todos mais complicados do que imaginamos.
    Olha lá?!?! Que dizia o horóscopo da resvista bravo sobre carneirinhos?!?! Espero também encontar o que procuro
    Ahhhhhhhhh NOTA BEM... o facto do teu "amigo" ser mais um descompensado, espero bem que não mexa com a tua auto-estima. És bem interessante e cheio de estilo.
    Abraço
    Rui Santana

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  2. Olá Rui!
    Muito obrigado, é muito bom sentir que existe quem goste de ler os meus Disparates e que vá mais longe revendo-se neles. Afinal de contas apenas falo sem tabús ou constragimentos acerca do que é este mundo dos gays e as suas histórias, logo, é inevitável não existerem coincidências!
    Bem, eu não li nada sobre carneiros, mas estou a pensar seriamente em colocar aqui algumas previsões que lá vinham para todos os signos, é que aquilo é hilariante! (E pensar que quando era um adolescente comprava aquela revista... Ahahah!)
    Sobre o meu "amigo", na altura pode ter mexido com a minha auto-estima, foi inevitável não me ter sentido a modos que rejeitado, mas actualmente já não me afecta ;)
    E para finalizar, em modo corado, muito obrigado pelos elogios. Hoje graças a ti saiu daqui com o meu ego em alta =) Gostava de poder retribuir, mas infelizmente a única informação que possuo acerca de ti só me permite dizer que és um simpático!
    Espero ver-te por aqui mais vezes, não vale a pena andares em silêncio ;)
    Um abraço, Pi.*

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