segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O Talho e o seu Consumidor


Dei por mim no trabalho a pensar numa questão outrora mais frequente na minha vida. O conhecimento cibernético através de sites gays!
Ora bem, são poucos os que em pleno século XXI, na era moderna em que reina a tecnologia e a Internet é rainha, que podem dizer que nunca foram a um chat de conversação, quer por interesse em conhecer alguém, quer pela curiosidade da situação em si. De qualquer forma todos nós sabemos da sua existência e temos consciência de que é uma plataforma virtual que está à nossa disposição muito facilmente e à distância de um simples click. E simplicidade e acessibilidade são duas armas à disposição desta “engenhoca” informática.
Desconheço como funcionam os chats ou sites de “engate” heterossexuais, mas à partida o sistema é o mesmo e processa-se tudo de igual modo. Todos podem usar máscaras e fingir ser uma pessoa completamente diferente do que o que são na realidade. Mas não pretendo entrar nestas divagações hoje, vou antes falar de mim e de toda a minha experiência com este “submundo” tão vestido de diversas personagens, embora despido de vergonhas ou falta de promiscuidade.
Como já falei anteriormente num outro post, nós os gays temos ao nosso dispor um site que se chama Gaydar, bem como um outro mais promíscuo e com o intuito sexual muito mais acentuado, que se chama Manhunt (acho que o nome diz tudo!). Estes funcionam como hi5 reciclado e transformado em montra de talho, e novamente volta o mini mercado, mas desta feita, muito mais assumido e consciente de si mesmo. Neles, podemos então ver os “produtos” que se oferecem, os que estão em destaque, as novidades da semana, com as mais diversas funções e para todo o tipo de “cliente”. Pode parecer-vos um exagero esta minha descrição, mas o serviço é exactamente assim que funciona e se tiverem dúvidas, vão até ao post Gaydar do mês de Junho ou ao próprio site.
Ora, naturalmente, o vosso amigo Pi tem perfil em ambos os sites, e sim, confesso que por vezes recorro a estes para conhecer novas pessoas. O intuito? É precisamente esse! O porquê? Pois, aí reside a dúvida… Porque é que ainda me dou ao trabalho de ir até eles quando sei que 90% dos que lá estão apenas procuram sexo casual, e para isso já tenho os meus próprios “amigos” coloridos, e os restantes 10% que até têm intenções razoáveis e mais ou menos “honestas” ou se acabam por transformar em autênticos esquizofrénicos, sendo o oposto do que dizem ser, ou acabam por não ser o que estávamos à espera e posteriormente não existir uma química entre ambas as partes e ficamos em águas de bacalhau. Portanto, se as probabilidades de conhecermos alguém minimamente interessante e que valha a pena, com a qual possamos construir algo palpável, são quase impossíveis, porque é que insisto? Porque é que me dou ao trabalho de tentar sequer? Lá está a velha esperança novamente…
Chego à conclusão de que possuir perfil e estar ali a “vender a minha sardinha” pode ser uma má estratégia de marketing da minha parte, até porque os lucros obtidos através desta são cada vez menores e mais doentios. Então porque não me limito a fazer as coisas de uma forma mais natural e dita normal? Porque não me deixo de ser idiota e deixo de tentar encontrar ouro onde só existe lixo? Pois, nem eu me compreendo!
Bem, quem sabe no futuro modifique esta situação e ganhe consciência de que a época das one night stand já deu o que tinha a dar e que é hora de ganhar juízo…
Enfim.
Beijinhos, Pi!*

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