quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um Disparate de Encontro Parte II (O Duelo Final)


Vocês lembram-se daquele gajo com quem eu tive um encontro do outro mundo, que era psicótico e que afinal tinha namorado no Porto? Aquele com quem eu andava a falar, que tinha mostrado que queria ter uma cena comigo, que me convidou a ir a casa dele e que depois me pôs a aturar uma discussão com o tal namorado ao telemóvel deixando-me a mim pendurado no sofá a fumaçar o meu maço de tabaco e que no final de tudo ainda pensava que ia dormir comigo? Se não, por falta de lembrança ou por nem sequer terem lido, vejam no mês de Maio o post com o título “Um Disparate de Encontro”, aí saberão de quem vou falar agora.
Ora bem, na altura, ao terminar o texto, referi que o cruzamento da minha pessoa com aquela personagem não tinha ficado por ali e deixei ainda algo por contar. É chegada então a hora de continuar e de terminar, espero, os disparates que envolvem aquele gajo. Um momento bem curtinho mas tão ou mais estúpido do que tudo o que aconteceu.
Ia eu, com um grande amigo, a caminho de uma discoteca gay muito badalada. Já tinha passado pelo menos um ano desde que tinha estado com a personagem, pormenor importante a ser referido. Lá íamos nós muito bem, ou não, já estávamos com os copos e animação era coisa que não faltava entre os dois, na nossa loucura interior que saltava para o exterior e perdidos em divagações sexuais, riamos em voz alta e mantínhamos a noite animada para não a quebrar. Até que, uma rua antes da tal discoteca, cruzamos com um grupo de pessoas. Ao passar por eles, nem reparei quem era eram, estava demasiado entretido com o meu amigo, tendo apenas retido apontamentos como cores de roupa ou quantos eram. Mas após passarmos e já estarmos a uma certa distância, ouço um gajo gritar:

- “Que bixas! Mesmo paneleiras!”

Primeiro impulso? Virar-me para trás e mandar-lhe com o salto agulha na testa. Segundo impulso? Ignorar e continuar a bater o suposto salto. Afinal não ia estragar a noite por uma ninharia. Optei pela segunda, mas no entanto aquela voz ficou a martelar a minha cabeça sem saber porquê. Nota a assinalar, quando gritaram, nem olhamos para trás.
Metros a seguir, e tudo isto numa fracção de segundos, paramos no multibanco porque precisávamos de levantar dinheiro. Puxa, foi preciso azar. Ora, com aquela paragem fui obrigado a olhar para trás e aí, Eureka! Quem é que ali estava no tal grupinho idiota de dois paneleiros e três gajas? Ora nem mais, o nosso amiguinho! E quem tinha mandado o piropo depreciativo? Esse mesmo. Caraças, se me tinha contido, agora ia explodir.
Quando eles passam, eu percebi que ele já vinha bêbado e nem sequer percebeu quem eu era, mas eu, fiz questão de o chamar.

- “Oh tu? Psst Psst. Sim tu, o paneleiro com ar de gnomo!” - Todos olharam para trás. Reacção do idiota?

- “Olha quem é ele! Então estás bom?” – Todo cheio de sorrisos de mão esticada para me cumprimentar. Vá, soltem a gargalhada que está presa na garganta!

E literalmente nestas palavras (para os mais sensíveis é melhor não prosseguirem com a leitura do texto), debitei sem retribuir o cumprimento:

- “Escuta bem meu grande filho da puta! A próxima vez que tu te atreveres a ofender-me, a pronunciar o meu nome ou sequer a pensar em mim, parto-te a tromba toda, percebes-te? Se tens problemas na merda da cabeça, vai apanhar no cu para pagares um psiquiatra e vai tratar-te! E para que conste, oh amigos deste palhaço, este gajo é tão otário que tem uma pila mais pequena que o meu dedo mindinho e nem sequer a consegue meter de pé!” – Baixinho ao ouvido disse-lhe – “Aposto que não vais ter coragem nem forma de o desmentir meu cabrãozeco.” – Já em voz alta – “Mete-te nas putas e desaparece-me da frente! Ah, e se me vires lá dentro, foge e vai para outro sítio onde eu nem te veja ou sinta o teu cheiro a suor, ainda podes levar com um copo na tromba consoante o meu humor!”

Depois disto, esperava ou levar um murro na cara, que os amigos me atacassem, ou uma grande barraca ali ou pé do multibanco com as pessoas a passar e eu a perder engates, mas com tudo o que podia acontecer, o gajo simplesmente baixou a cabeça, virou costas e continuou com os seus amigos. Caraças, desprezo é que não! Mas afinal, estava enganado. Nem um minuto depois, enquanto estava na fila para entrar e o via um pouco mais à frente, vejo-o desistir da sua noite e ir embora sozinho de táxi.
Pormenor mesmo a terminar. Já dentro da discoteca, o tal amigo dele veio ter comigo, pediu desculpa por o amigo ser realmente um idiota e ainda me perguntou se me podia conhecer. O que é que aconteceu depois disso? Ora, vocês já sabem…
Beijinhos e cuidado com quem se metem, há histórias que por vezes têm verdadeiras sequelas ainda mais terroríficas mas que até podem acabar com uma valente surpresa se tiverem sorte. Arrisquem…
PI.*

1 comentário:

  1. i remember like it was yesterday... realmente muito bixinha esse senhor, ou melhor, sujeito... enfim, cada um tem o que merece... e connosco ninguém se mete... mas eu sei de uma história que jamais a poderás publicar aqui! lolololol uma não, várias, mas acho que os leitores ainda poderão não estar preparados para tal grau de disparate. hahahahahha

    kiss kiss
    little bitch

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